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Caixa destaca subida de ratings da Moody’s apesar do “contexto económico”

O rating dos depósitos ultrapassa pela primeira vez a categoria Baa, alcançando a notação A3, a mesma da República Portuguesa.
Cristina Bernardo
22 Novembro 2023, 10h05

A Caixa Geral de Depósitos reagiu esta quarta-feira à revisão em alta dos ratings da Moody’s destacando que sobretudo a subida do rating dos depósitos, que alcança pela primeira vez a notação A3, a mesma da República Portuguesa, como enfatiza a instituição liderada por Paulo Macedo, em comunicado remetido à CMVM.

Destaca o comunicado da Caixa que esta avaliação da Moody’s, nomeadamente a subida do Baseline Credit Assessment, “teve em consideração a melhoria dos rácios de capital, a melhoria significativa da rentabilidade recorrente da Caixa e a melhoria da qualidade dos ativos, não se prevendo a sua deterioração apesar do contexto económico e pressão inflacionária”.

O Baseline Credit Assessment, descreve a probabilidade de um banco entrar em incumprimento em qualquer dos seus instrumentos classificados, na ausência de apoio externo.

Na subida do BCA, a avaliação da Moody’s teve em consideração a melhoria dos rácios de capital, a melhoria significativa da rentabilidade recorrente da Caixa e a melhoria da qualidade dos ativos, não se prevendo a sua deterioração apesar do contexto económico e pressão inflacionista, explica o banco do Estado.

Esta subida é a segunda efetuada pela Moody’s após, em maio, o BCA ter aumentado de
baa3 para baa2 e a quarta subida registada em 2023 por uma agência de rating.

“O upgrade dos ratings de depósitos de longo prazo da CGD de Baa1 para A3 e dos ratings de dívida sénior sem garantia de Baa2 para Baa1  reflecte a subida do Baseline Credit Assessment (BCA) e do BCA ajustado do banco de Baa2 para Baa1; o resultado da análise avançada da Moody’s Loss Given Failure (LGF) que leva a um nível de elevação para os ratings de depósito e a um nível de ajuste negativo para os ratings de dívida sénior não garantida (não tendo havido nenhuma subida anteriormente)”, refere a Moody’s.

Por fim reflete pressupostos de apoio moderado do Governo à CGD, dada a sua importância sistémica, o que resulta numa subida de um notch para a dívida sénior (quando antes não houve nenhuma subida).

Não há nenhuma subida de rating para os depósitos devido “a uma menor proximidade entre o BCA ajustado do banco (considerando também a subida do LGF) e o rating do Governo português”.

Esta subida é a segunda efetuada pela Moody ‘s após, em maio, o BCA ter aumentado de
baa3 para baa2 e a quarta subida registada em 2023 por uma agência de rating.

Ao elevar o BCA da CGD para baa1, a Moody’s considerou os rácios de capital mais elevados e a melhoria da rendibilidade recorrente do banco.

No final de junho de 2023, o rácio entre os capitais próprios tangíveis e os activos ponderados pelo risco da CGD situava-se em 18,6%, embora venha a diminuir sobretudo devido ao pagamento de dividendos.

“Os resultados recorrentes da CGD têm vindo a registar uma melhoria significativa, à medida que se vai concretizando o repricing dos empréstimos a taxa variável (que representam a maior parte da carteira de crédito da CGD)”, refere a instituição. No entanto, acrescenta, os resultados futuros serão compensados pelo aumento do custo dos depósitos, pela moderação do custo do risco e pelo aumento dos custos operacionais.

O rácio de non-performing assets (NPA) do banco (NPAs definidos como non-performing loans juntamente com os activos imobiliários penhorados) diminuiu para 4,0%

(atualizada)

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