O CaixaBank emitiu uma nota em que sobe o range do price-target da Mota-Engil de 1,65 euros-4,95 euros para 2,53 euros-5,26 euros por ação.
A Mota-Engil surge na avaliação do CaixaBank/BPI com uma avaliação no cenário central de 3,20 euros/ação (+19% face à ultima avaliação), representando um potencial de +135% face à cotação de dia 20 de janeiro (sexta-feira).
A análise tem o título de “forte crescimento à frente”. Os analistas do banco não esquecem a mudança de liderança da Mota-Engil. Carlos Mota Santos (anteriormente vice-CEO) será nomeado o novo Chairman e CEO da Mota-Engil. “Pertence à terceira geração da família fundadora (e principal acionista da construtora) e trabalha no grupo há mais de 20 anos com um profundo conhecimento dos seus negócios e atividades”, avança a análise.
“Para a revisão do EV (Entreprise Value) foi relevante a integração da atualização do guidance que a companhia publicou em novembro quando referiu que o crescimento de vendas no conjunto do ano de 2022 será superior a 30% face a 2021, colocando a equipa de research do banco uma avaliação no volume de negócios para 2022 em linha com o anúncio da Mota-Engil e atualizando o EBITDA em +12% no período 2022-2025”, lê-se no research.
“Sendo um intervalo alargado de avaliação perante diversos cenários de risco previstos pela equipa do Caixabank/BPI, mesmo o valor inferior do intervalo (2,53 euros/ação) confere um potencial de valorização de +85% até final de 2023”, destacam os analistas.
O CaixaBank/BPI diz que “o EV [valor do grupo incluindo a dívida] é atualizado em +32% (+0,86 euros/ação) com o forte crescimento que se prevê para a América Latina nos próximos anos depois dos resultados do 1.º semestre e carteira de encomendas angariada ao longo de todo o ano de 2022, com predominância no México, assim como com o crescimento relevante previsto para África, sendo o valor reduzido para +19% na valorização pelo acréscimo do risco-mercado, sobretudo em África, que penaliza o crescimento da avaliação em 13%, colocando assim em valores líquidos o crescimento da avaliação em +0,51 euro/ação face à ultima revisão efetuada pelos analistas”.
Um crescimento da conta de resultados operacionais (topline) em 30% em 2022. O termo top-line aponta para as receitas de uma empresa ou vendas brutas.
Em novembro, a Mota Engil reviu em alta (pela 2ª vez) a perspetiva topline para o exercício de 2022, esperando agora um aumento anual de 30% (ou receitas de pelo menos 3,45 mil milhões de euros) o que compara com uma subida entre +10% e +20% divulgados na altura da apresentação dos resultados do primeiro semestre do ano passado e um “high single digit” na altura da apresentação dos resultados anuais de 2021.
“Isto é um reflexo do momento de entrada muito forte que o grupo está a observar em várias regiões, mas principalmente em África e na América Latina”, lê-se no research.
No primeiro semestre de 2022, a construtora relatou um avanço histórico recorde de 9,23 mil milhões de euros (+22% no acumulado ano até essa data, sendo 51% em África e 33% na América Latina) embora deva, segundo a companhia, ultrapassar os 13 mil milhões de euros em 2022 com os prémios registados no segundo semestre do ano passado.
A Mota-Engil publicará os seus resultados anuais de 2022 no próximo dia 1 de março.
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