A afirmação de que o “Ártico pode ficar sem gelo já no Verão de 2030” é do diretor do Centro para a Monitorização da Neve e Gelo (National Snow and Ice Data Center), com sede no Colorado, Estados Unidos, em declarações ao jornal “The Guardian”.
Mark Serreze comentava, assim, o estudo publicado, ontem, pelo seu organismo, que assinalava a crescente diminuição das camadas de neve e gelo. “Sempre soubemos que o Ártico era um primeiro indicador das alterações climáticas, como se está a verificar”. O estudo refere, no entanto, que estes níveis surgem na sequência de um verão em que as condições criadas – várias tempestades sobre o Ártico – não foram favoráveis à diminuição da camada. “Os padrões climáticos no verão já não têm a mesma influência”, refere ainda. “Estamos a a entrar num novo regime.”
Segundo o estudo, nos primeiros dez dias de setembro o Ártico perdeu 34,100 quilómetros quadrados por dia, quando a média entre 1981 a 2010 se cifrava nos 21 mil quilómetros por dia. Nesse período, o gelo ocupava uma área mínima de 6.22 milhões de quilómetros quadrados, ao passo que em 2016 essa área está nos 4.15 milhões. “O tamanho do Texas e do Alasca juntos”, refere Mark Serreze.
O valor mínimo registado ocorreu em 2012, quando o gelo ocupou uma área de 3.39 milhões de quilómetros quadrados.
Numa nota mais positiva, o buraco de Ozono, cujo Dia Internacional para a sua prevenção se comemora hoje, parece estar a dar os primeiros sinais de regressão, sendo que os cientistas prevêem que possa desaparecer no ano de 2050. Essa recuperação, refere um estudo conjunto da Organização Meteorológica Mundial e do Programa para o Ambiente das Nações Unidas, “deve-se exclusivamente a uma vontade política de acabar com as emissões de gases CFC”.
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