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Câmara de Lisboa com prejuízo de 46 milhões de euros em 2020

Segundo João Paulo Saraiva, durante a apresentação do Relatório e Contas 2020 de Lisboa, estes resultados líquidos não põe em causa a sustentabilidade financeira da autarquia, “porque nos últimos anos” a CML foi “constituindo reservas de contingência” e, perante a pandemia, recorreu a essas reservas.
21 Maio 2021, 20h58

A Câmara de Lisboa (CML) terminou 2020 com prejuízo de 46 milhões de euros, um resultado explicado por mais gastos e pela queda de receitas devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta sexta-feira o vereador das Finanças.

Segundo João Paulo Saraiva, durante a apresentação do Relatório e Contas 2020 de Lisboa, estes resultados líquidos não põe em causa a sustentabilidade financeira da autarquia, “porque nos últimos anos” a CML foi “constituindo reservas de contingência” e, perante a pandemia, recorreu a essas reservas.

João Paulo Saraiva, que é também vice-presidente da autarquia, sublinhou ainda que os resultados líquidos negativos de 46 milhões de euros não tiveram “nenhum impacto nem do lado do passivo exigível, nem do lado das dívidas a fornecedores, nem do lado do prazo médio de pagamento”.

Segundo os resultados apresentados esta sexta-feira, o passivo exigível da CML em 2020 foi de 359 milhões de euros (menos 22 milhões de euros do que no ano anterior e 139 milhões de euros inferior ao de 2017, quando foi iniciado este mandato autárquico).

O vereador salientou contudo que, tendo em conta a evolução relativamente ao passivo exigível, a autarquia conseguiu, “mesmo em ano de pandemia”, baixar novamente aquilo que é o passivo exigível, aumentando “a margem de endividamento”.

As dívidas a fornecedores, de 2,8 milhões de euros, foram pagas com um prazo médio de pagamento de quatro dias.

Os gastos operacionais tiveram uma ligeira variação de 1% em relação ao ano anterior, de 800 para 805 milhões de euros.

Já os rendimentos operacionais reduziram 177 milhões de euros em 2020 face a 2019.

Em 2020 entraram menos 31 milhões de euros no ‘item’ dos impostos, contribuições e taxas nas contas municipais, em comparação com 2019, um impacto explicado pela baixa do turismo e em consequência da falta de cobrança da taxa turística.

Também diminuíram os tarifários de saneamento e resíduos em 10 milhões de euros, devido à redução da cobrança nas faturas da água, num ano em que muitas empresas ficaram em teletrabalho.

Em 2020, a CML, presidida por Fernando Medina (PS), distribuiu 49,7 milhões de euros em apoios para fazer face à pandemia, dos quais a maior fatia, de 18 milhões de euros, foi destinada às famílias.

Segundo o vereador, a taxa de execução da receita do município foi de 94% e a taxa de execução da despesa de 73%.

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