O concurso para uso privativo do domínio público do município de Lisboa para a instalação e exploração publicitária de mupis, abrigos e sanitários públicos foi autorizado a 31 de janeiro e previa três lotes diferentes. Devido a pedidos de esclarecimento e à necessidade de rectificação de procedimentos, só foi encerrado a 31 de maio, tendo as propostas sido abertas a 1 de Junho.
O concurso foi assessorado pelo BPI e pela sociedade de advogados Sérvulo & Associados.
As empresas Cartazes & Panoramas I e Cartazes & Panoramas II, ambas criadas a 25 de maio, seis dias antes de fechar o concurso, fizeram as duas melhores ofertas por dois dos lotes em concurso, ficando o terceiro deserto.
No primeiro lote, o maior, a Cartazes & Panoramas I ofereceu 5,24 milhões de euros, um valor 27,8% superior ao apresentado pela segunda classificada, a JC Decaux Portugal. A Cemusa foi, também, preterida.
No segundo lote, a Cartazes & Panoramas II ofereceu 3,16 milhões de euros, pouco mais de 10 mil euros do que a segunda classificada, a Alrgâmbito (Dream Media) de Vila Nova de Gaia, mas mais 12,8% do que a JC Decaux.
As duas empresas têm sede na mesma morada, que pertence à Explorer Investments, a gestora de fundos liderada por Rodrigo Guimarães.
O Jornal Económico tentou contactar todos os envolvidos, mas não obteve respostas até ao fecho da edição.
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