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Caminhos reais: as rotas centenárias que o automóvel quase extinguiu

Antes da modernização da rede viária, os caminhos reais ligavam as várias localidades da ilha da Madeira. Conhecer esta rede de acessos com 400 anos vale a pena, seja pela importância histórica ou pelas paisagens deslumbrantes.
9 Setembro 2018, 15h35

Numa ilha rica em percursos pedonais, levadas e veredas que serpenteiam os picos mais altos às arribas junto ao mar, os Caminhos Reais são uma alternativa imperdível para quem é amante de caminhadas na natureza, não apenas pelas paisagens deslumbrantes, mas pela riqueza histórica de que são testemunho.

Antes da implantação da República, esta rede de acessos terrestres conhecida por Caminhos Reais cruzava a ilha da Madeira em todas as direções, esculpida entre a rocha e paisagens de cortar a respiração. Funcionavam como alternativa e complemento às ligações marítimas.

Mandados construir estrategicamente pelos governadores e capitães-gerais, estes caminhos assumiram-se como atração turística e desencadearam medidas protecionistas por parte do Governo e das autarquias que têm investido na sua recuperação. São parte da história da Madeira que quase caíram em ruína com a chegada do automóvel e a modernização da rede viária.

Foi esta rede de acessos muito extensa, com 400 anos de história, que permitiu a diversas localidades da Madeira crescerem em torno das rotas de circulação terrestre, funcionando como pontos de apoio aos viajantes locais, comerciantes ou estrangeiros, a partir dos séculos XVIII/XIX.  Hoje são uma  alternativa aos percursos nas Levadas e na floresta Laurissilva.
Desde 2017, a Região conta com a Associação do Caminho Real da Madeira cujo papel visa valorizar e promover estas rotas centenárias. Para além de ações de recuperação e limpeza, esta associação organiza passeios pelas rotas centenárias, percursos que vale bem a pena conhecer.
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