André Ventura, presidente do Chega, defendeu que a descida no IRS deve ser de mil milhões de euros já este ano e dispõe-se a acompanhar o Governo nessa proposta caso o Executivo aceda à sugestão do terceiro partido mais votado nas últimas legislativas.
Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, André Ventura considerou que “o que o país percebeu foi que o alívio da carga fiscal seria de 1.500 milhões de euros, a acrescer ao que já estava previsto, que era de 1.300 milhões de euros”.
E se “o Governo agora diz que são 200 milhões de euros de acréscimo à descida que já se conhecia”, defende este líder político, “acreditamos que esses 200 milhões de euros se transformem em mil milhões de euros já este ano”, salientou André Ventura.
“Até podemos vir a descer menos ao longo da legislatura mas é agora que a carga fiscal está perto de 40% do PIB. Se há coisa em que o Chega e o PSD concordam é que a carga fiscal, face a políticas de direta, é absolutamente abusiva. Por isso é que é agora que temos de dar o sinal”, assegurou o presidente do Chega.
“O Governo conseguirá ter o apoio do Chega para essa descida. Caso contrário, a campanha do PSD não foi verdadeira. Toda a gente pensava que descida ia ser maior, até comentadores afetos à Aliança Democrática. Temos condições de dizer às famílias que vamos quebrar o ciclo de aumento da carga fiscal e isso só se consegue se as pessoas conseguirem sentir no bolso uma descida efetiva”, concluiu.
A polémica em torno das medidas de redução do IRS surgiu depois de, em entrevista à RTP na sexta-feira, o ministro das Finanças ter dito que os 1.500 milhões de euros de alívio no IRS, referidos pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate do programa do Governo, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor, explicando que a medida rondará os 200 milhões de euros.
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