O Canadá seguiu o exemplo da União Europeia e vai banir os objetos plásticos de uso único até o início de 2021, anunciou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.
O líder do executivo canadiano garante que apenas serão banidos objetos específicos, baseados num artigo científico, apesar de o governo local considerar itens como garrafas de água, sacos de plástico e palhinhas. “Até 2021, o Canadá vai banir plásticos nocivos descartáveis de costa a costa”, anunciou Justin Trudeau, numa declaração ao país feita esta segunda-feira.
Justin Trudeau revelou que o seu governo está a inspirar-se no Parlamento Europeu, que votou em março a proibição destes plásticos, para combater a poluição de itens descartados que entram nos cursos de água. Portugal é um dos países que aceitou banir o uso destes objetos “até que este já não faça sentido existir”, já em 2020.
Canadians are tired of seeing our beaches, parks, streets, and shorelines littered with plastic waste. Learn more about the action we’re taking to ban harmful single-use plastics: https://t.co/GZBt0K10Nt #BeatPlasticPollution pic.twitter.com/eZ0yT8ckY5
— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) June 10, 2019
O primeiro-ministro canadiano explicou que este passo se deveu ao facto de ter dificuldade em explicar aos seus filhos como é que as baleias estavam a dar à costa com o estômago cheios de plástico. “Como pais, estamos num ponto em que quando levamos os nossos filhos à praia, temos de procurar um sítio na areia que não tenha palhinhas, esferovite e garrafas. É um problema, e temos de falar algo em relação a isso”, disse.
Menos de 10% do plástico utilizado no Canadá é reciclado. O governo de Trudeau afirma que um milhão de pássaros e mais de 100 mil animais marinhos ficam feridos ou morrem por confundirem objetos plásticos por comida.
A legislação imposta pela União Europeia aponta como meta a reciclagem de 90% das garrafas de plástico até 2025 e a redução para metade da quantidade de materiais plásticos que mais vezes vão parar ao oceano. O Parlamento Europeu estima que estas mudanças vão custar entre 259 e 695 milhões de euros. Ainda assim, não se sabe o impacto económico que esta alteração terá na economia do Canadá.
A decisão da China em parar de importar lixo da União Europeia também terá motivado a aposta nesta medida. Tomada no ano passado, a opção fez com que outros países do sudoeste asiático passassem a ser o destino final do lixou europeu. As Filipinas enviaram de volta para o Canadá, em maio, 69 contentores daquilo que as autoridades classificam como lixo ilegalmente transportado, seguindo o exemplo da Malásia.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com