O plano de Bernie Sanders, candidato à Casa Branca para 2020, é ambicioso. O político garantiu que iria mobilizar 16,3 triliões de dólares (cerca de 14,7 biliões de euros) para evitar a uma catástrofe climática. Simultaneamente, Bernie Sanders avisou que os Estados Unidos da América (EUA) correm o risco de perder 34,5 triliões de dólares (aproximadamente 31 biliões de euros) em produtividade económica até ao fim do séculos, caso não responda à ameaça existente.
Bernie Sanders, também senador do estado norte-americano de Vermont, apoia o ‘Green New Deal’ desde o início, tendo-o apresentado em conjunto com a congressista Alexandria Ocasio-Cortez. O político seguiu o exemplo de vários candidatos e divulgou uma proposta específica, onde propõe limitar a poluição automóvel, de centrais elétricas e de outras atividades humanas.
A proposta divulgada por Sanders para o ‘Green New Deal’ é muito mais agressiva do que a apresentada por Barack Obama durante a sua presidência. O objetivo é eliminar as emissões de carbono dos EUA até 2050, a meta estabelecida pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da ONU. Além deste plano, o político apresenta ainda a criação de 20 milhões de postos de trabalho “para resolver a crise climática” e a mobilização de lideres mundiais para a luta das alterações do clima.
The climate crisis is about the survival of this planet. We cannot go far enough or be too aggressive on this issue. #GreenNewDeal
— Bernie Sanders (@BernieSanders) August 22, 2019
O plano apresentado pretende alcançar ainda 100% de energia renovável para eletricidade e transportes até 2030, estando a descarbonização completa até 2050, acordando com as metas da ONU, “expandindo as administrações de comercialização de energia existentes para construir novas centrais solares, eólicas e geotérmicas”.
Em comparação com outros candidatos, Bernie Sanders foi o que deslocou mais dinheiro para as alterações climáticas. Joe Biden, candidato e ex-braço-direito de Obama, propôs gastar 1,7 triliões de dólares (perto de 1,5 biliões de euros) para neutralizar as emissões de carbono até 2050, enquanto o plano da senadora Elizabeth Warren foi o investimento de 2 triliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros) em indústrias renováveis e na criação do Instituto Nacional de Energia Limpa.
Bernie Sanders garante que o programa apresentado se paga a si próprio ao fim de 15 anos, fazendo com que “a indústria de combustíveis fósseis pague pela sua poluição, por meios litigiosos, taxas e impostos, e eliminando os subsídios federais para os combustíveis fosseis”. Sanders pretende ainda reduzir as emissões dos EUA, um dos maiores poluidores mundiais.
Na campanha, o político diz querer “reduzir as emissões domésticas em, pelo menos, 71% até 2030 e reduzir as emissões no sul não-chinês em 36% até 2030”, algo que seria o “equivalente total em reduzir as nossas emissões domésticas em 161%”. Bernie Sanders, caso seja eleito, planeia ainda declarar as alterações climáticas uma emergência nacional e dispôs-se a pagar 200 mil milhões de dólares (aproximadamente 180 mil milhões de euros) para o Fundo Verde para o Clima, de forma a que os países conseguissem reduzir a poluição.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com