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Caos político em França anula surpresa no Japão

Está a ganhar força o movimento dos investidores para ativos de refúgio, o que se reflete sobretudo na marcha ascendente do ouro, que já atingiu um novo máximo histórico acima de 3.900 dólares. Veja a análise dos especialistas da Research Unit da BA&N.
6 Outubro 2025, 09h28

Os desenvolvimentos políticos em duas das maiores economias mundiais estão a prender as atenções dos investidores neste arranque de semana, com impacto distintos nas ações, mas um efeito comum nas obrigações e ativos alternativos como o ouro e Bitcoin. Esta é a análise da Research Unit da BA&N.

Nas praças asiáticas a sessão foi de valorizações robustas, com o índice da região a avançar para máximos históricos, suportado pela vitória surpreendente de Sanae Takaichi nas eleições internas do partido no poder. O Nikkei disparou perto de 5% para recorde, devido às expetativas de reforço de estímulos orçamentais por parte do próximo governo, uma vez que Takaichi defende políticas expansionistas.

O presidente Emmanuel Macron efetuou uma jogada de alto risco que está a agravar a crise política na segunda maior economia da Zona Euro. Escolheu um governo que é quase uma cópia do anterior executivo de François Bayrou, o que gerou fortes críticas da oposição e levou à surpreende demissão de Sebastien Lecornu esta manhã, já depois da abertura das bolsas europeias.

O CAC já afunda perto de 2%, com o índice francês a ser pressionado sobretudo pelos bancos. O euro recua mais de 0,5% para negociar abaixo de 1,17 dólares, sendo que o impacto é mais substancial no mercado de obrigações, com o risco da dívida francesa a atingir um máximo de nove meses.

Está a ganhar força o movimento dos investidores para ativos de refúgio, o que se reflete sobretudo na marcha ascendente do ouro, que já atingiu um novo máximo histórico acima de 3.900 dólares. O petróleo também negoceia em alta (Brent nos 65 dólares) depois da OPEP+ ter optado por um aumento modesto de produção.

O Governo alemão vai rever em alta as estimativas de crescimento da maior economia europeia este ano, mas prevê que só em 2026 o PIB germânico vai registar uma expansão superior a 1%.

O Bank of America é há largos meses um dos bancos de investimento mais pessimistas para as ações europeias e Sebastian Raedler reiterou a posição pouco favorável para as bolsas do “velho continente”.

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