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Capital social da IP aumentou 1.162 milhões de euros durante 2019

A dívida financeira da IP apresentava, no final do terceiro trimestre de 2019, um decréscimo de 2.781 milhões de euros, uma vez que, em termos nominais, baixou para 5.185,7 milhões de euros.
5 Dezembro 2019, 17h19

O capital social da IP – Infraestruturas de Portugal aumentou 1.162,655 milhões de euros durante o ano de 2019, revela o relatório e contas da empresa pública responsável pela gestão das redes ferroviária e rodoviária nacionais referente ao três primeiros trimestres deste ano.

De acordo com esse documento, neste terceiro trimestre de 2019 ocorreu um aumento de capital da IP no montante de 101,655 milhões de euros, “para fazer face ao pagamento de investimento e do serviço da dívida”.

Assim, o atual capital social da IP é de 6.974,165 milhões de euros.

Em simultâneo, a dívida financeira da IP apresentava, no final do terceiro trimestre de 2019, um decréscimo de 2.781 milhões de euros, uma vez que, em termos nominais, baixou para 5.185,7 milhões de euros.

“Para esta redução contribuíram, as amortizações dos empréstimos do Estado alocados à componente ferroviária (2.200 milhões de euros), do empréstimo obrigacionista Eurobond 09/19 (500 milhões de euros), e dos empréstimos do BEI [Banco Europeu de Investimento] (81 milhões de euros)”, esclarece o relatório enviado pela IP à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O mesmo documento acrescenta que a IP encerrou o período terminado a 30 de setembro de 2019 com um resultado financeiro global negativo em 149,7 milhões de euros, “traduzindo um desagravamento de 21 milhões de euros face a igual período do ano anterior”.

“A diminuição dos encargos financeiros subjacentes à dívida de subconcessões no segmento de alta prestação e nos encargos financeiros no segmento de investimento na infraestrutura ferroviária estiveram entre os principais motivos para a evolução positiva face ao período homólogo”, garantem os responsáveis da IP.

Por seu turno, “os pagamentos efetuados relativos a concessões e subconcessões rodoviárias, até ao final do terceiro trimestre de 2019, foram de 841,9 milhões de euros (IVA excluído), o que representa uma execução de 99% face ao valor previsto em orçamento”.

“Na ótica do Orçamento do Estado, o défice IP (saldo global) de 2019 evidencia uma melhoria de 58,6 milhões de euros face ao período homólogo de 2018 e reflete uma taxa de redução de 59% face ao previsto em OE2019”, destaca o referido relatório da IP.

Em termos de resultados, a IP encerrou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 66,4 milhões de euros, “o que representa um decréscimo de 37,65 milhões de euros face a igual período de 2018”, explicado maioritariamente pelo “aumento dos gastos com a conservação da rede rodoviária, em 15 milhões de euros”.

O EBITDA da IP no período em análise fixou-se em 454 milhões de euros, traduzindo uma quebra de 1% (menos 6,8 milhões de euros) face à estimativa orçamental para o período e um decréscimo de 13%, menos 65,5 milhões de euros, face ao período homólogo.

Quanto aos rendimentos operacionais, atingiram o montante de 999,1 milhões de euros, menos 0,3% do que nos primeiros nove meses do ano passado.

A administração da IP, presidida por António Laranjo, destaca os rendimentos com portagens, que cresceram 14,3 milhões de euros (+ 6%) face ao período homólogo de 2018 e 10,1 milhões de euros em relação à previsão orçamental.

Em sentido contrário, ocorreu uma redução das receitas da CSR – Contribuição do Serviço Rodoviário, dos serviços ferroviários e dos contratos de construção.

“O valor das indemnizações compensatórias foi de 44,8 milhões de euros, menos 2,4 milhões de euros do que no período homólogo de 2018, mas em linha com  o previsto em orçamento, definido em conformidade com o estabelecido no contrato programa celebrado entre a IP e o Estado português, em março de 2016, para a prestação do serviço público ferroviário”, recorda o referido relatório e contas.

Os gastos operacionais da IP nos primeiros nove meses deste ano foram de 760,4 milhões de euros, “em linha com o previsto em orçamento (-1%), mas com um crescimento de 10% face ao período homólogo do ano anterior, justificado essencialmente, pelo aumento dos gastos de conservação, reparação e de segurança rodoviária (+ 24%, 15 milhões de euros”.

Por seu turno, os gastos com pessoal ascenderam a 93,8 milhões de euros, estando 0,5% abaixo do valor previsto em orçamento e 1% abaixo do verificado no período homólogo.

“O valor realizado de investimento nas redes ferroviária e rodoviária no período em análise foi de 99,1 milhões de euros, o que representa 62% do valor previsto, e um aumento de 75% face ao período homólogo de 2018”, adianta o relatório da IP, destacando “a execução global dos investimentos ‘Ferrovia 2020’/PETI3+’, no valor de 69,3 milhões de euros”.

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