A carga fiscal voltou a aumentar no último ano. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), correspondeu a 36,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mais de um ponto percentual acima do verificado em 2021. Tanto as receitas com impostos diretos como as receitas com impostos indiretos subiram.
“Em 2022, a carga fiscal aumentou 14,9% em termos nominais, atingindo 87,1 mil milhões de euros, o que correspondeu a 36,4% do PIB (35,3% no ano anterior)”, indicou o gabinete de estatísticas esta manhã.
Para esse aumento da receita fiscal contribuíram sobretudo o IVA, o IRC, as contribuições sociais efetivas e o IRS, cujas receitas cresceram 3,455 mil milhões de euros, 2,897 mil milhões de euros, 2,29 mil milhões de euros e 1,925 mil milhões de euros, respetivamente.
Já as receitas com o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) caíram 757 milhões de euros, tendo sido este o único imposto com um comportamento negativo no último ano. Ora, em 2022, o Governo reduziu esse imposto para que os preços dos combustíveis baixassem, o que justifica a evolução indicada pelo INE.
“Em 2022, todas as componentes da carga fiscal subiram, destacando-se a evolução dos impostos diretos (+24,1%). Os impostos indiretos aumentaram 12,2%, bem como as contribuições sociais efetivas (+10,2%)”, acrescenta o INE.
No que diz respeito aos impostos diretos, é o IRS que está em destaque, com um salto de 12,8%. Já as contribuições sociais efetivas tiveram um crescimento de 10,2%, “refletindo, nomeadamente, o crescimento do emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo.”
Por outro lado, quanto aos impostos indiretos, destaca-se o IVA, com uma subida de 18,1%.
Atualizada às 11h28
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