O presidente do PS, Carlos César, disse nesta quarta-feira que as prioridades avançadas por Marcelo Rebelo de Sousa na sua mensagem de ano novo demonstram uma “convergência muito importante de objetivos estratégicos entre o Presidente da República, o Governo e o próprio primeiro-ministro”, realçando a coincidência de prioridades e as realizações a partilhar no conjunto da legislatura. Algo que pode ser interpretado como um sinal de que os socialistas encaram como natural a sua reeleição para um segundo mandato presidencial em 2021, apesar de a intenção de apresentar nova candidatura ainda não ter sido confirmada pelo Chefe de Estado.
”Iniciamos o ano com a confirmação de que as relações institucionais entre o Presidente da República e os outros órgãos de soberania continuará a ser um dos fatores de estabilidade. É bom para o Governo e bom para o país”, disse Carlos César, destacando a convergência em prioridades como a saúde, as alterações climáticas, a segurança e outras funções de soberania, o investimento e o combate às desigualdades que resultam da transição para a sociedade digital.
Carlos César também destacou o apelo de Marcelo Rebelo de Sousa “à estabilidade” e “aos valores do diálogo e da concertação”, garantindo que o PS entende que “quando não há maioria absoluta os avanços que são necessários” implicam encontro de vontades entre “um Governo forte e dialogante” e “uma oposição forte e construtiva”. Assim estará a suceder, no entender do dirigente socialista, no processo de discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2020, no âmbito do qual prosseguem contactos com os partidos que “estiveram mais próximos” do Executivo de António Costa na anterior legislatura e com os que se aproximaram entretanto.
Também não passou ao lado do antigo presidente do Governo Regional dos Açores, que fez a reação do PS a partir de Ponta Delgada, o facto de a mensagem de ano novo de Marcelo Rebelo de Sousa provir da ilha do Corvo, um “lugar muito simólico do Portugal mais distante e mais isolado”. Até porque, no entender de Carlos César, a ilha açoriana é um exemplo de como as desigualdades de oportunidades podem ser minoradas através da intervenção dos decisores políticos.
Quanto aos temas europeus, o presidente do PS garantiu que o partido “partilha com o Presidente da República o esforço por uma Europa menos adiada e mais próxima dos interesses dos cidadãos e das regiões”.
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