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Carlos Costa: “China tem papel incontornável como parceiro comercial e investidor em Portugal”

“À escala mundial, todos os países, de uma forma ou de outra, registaram os impactos da dinâmica das relações comerciais e do investimento da China”, afirmou Carlos Costa, numa sessão do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas, que decorre em Macau.
  • Cristina Bernardo
31 Maio 2019, 09h04

O governador do Banco de Portugal (BdP) disse esta sexta-feira, em Macau, que a China é um parceiro comercial e investidor incontornável a nível nacional.

“O progresso económico e social na RPC nos últimos 30 anos é impressionante. À escala mundial, todos os países, de uma forma ou de outra, registaram os impactos da dinâmica das relações comerciais e do investimento da China”, afirmou Carlos Costa numa sessão do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que termina hoje em Macau.

“No caso de Portugal, a China assume um papel incontornável enquanto parceiro comercial e mais recentemente também como origem de investimento estrangeiro”, sustentou o governador.

Carlos Costa lembrou que, “atualmente, a presença de investimento chinês é avultada e dirige-se a setores fundamentais como setor financeiro, banca e seguros, a produção e distribuição de energia, o setor da saúde e a área do setor imobiliário”, acrescentando que o fluxo de turistas chineses é também “de relevância e importância crescente”.

“A conjugação, por um lado, do crescimento económico da presença da China à escala global e, por outro, das fortes relações entre a economia portuguesa e as dos demais países de língua portuguesa potencia sinergias mutuamente vantajosas para todos os parceiros”, defendeu.

“Todos ganhamos com o reforço desta parceria e Macau é um elo crucial de ligação e articulação entre estes países dos continentes: Europa, Ásia e África, nomeadamente através da componente financeira”, concluiu.

As declarações do governador foram realizadas durante uma conferência que juntou governadores dos bancos centrais e dos quadros da área financeira da China e de países lusófonos.

A edição deste ano do fórum conta com mais de dois mil empresários, académicos e políticos, dos quais mais de 50 governantes oriundos de 40 países e regiões, num evento cujo orçamento está estimado em 39 milhões de patacas (4,3 milhões de euros) e que é promovido sob a orientação do Ministério do Comércio da República Popular da China e do Governo de Macau.

O IIICF inclui 36 fóruns paralelos, exposições, seminários de promoção de projetos e bolsas de contacto, entre outras atividades de negociação comercial, para operacionalizar a cooperação entre os países envolvidos na estratégia adotada pelo Governo chinês denominada de “Uma Faixa, Uma Rota”, que visa o desenvolvimento de infraestruturas e investimentos em países europeus, asiáticos e africanos.

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