O ex-presidente da construtora automóvel Renault, Carlos Ghosn, pretende reivindicar uma pensão de cerca de 800 mil euros por ano e ações derivado dos resultados obtidos em 2015 e nos anos seguintes, segundo revela o jornal espanhol “Expansión” esta sexta-feira, 21 de fevereiro.
A questão passa por determinar se o abandono das responsabilidades de Ghosn em janeiro de 2019, quando foi detido em Tóquio, acusado de fraude e peculato na Nissan, foi uma renúncia, como a Renault afirma ou não.
De acordo com a versão do ex-CEO, a sua saída deveu-se “para permitir que a Renault funcionasse normalmente” algo que não era possível na medida em que estava preso desde novembro de 2018, mas “dizer que é uma renúncia, é desvirtuar a realidade”. Esta ação já deverá ser em breve formalizada pelos seus advogados e esclarecida perante o Tribunal Comercial de Paris.
Esta não é contudo a única exigência financeira que Carlos Ghosn está a pedir à Renault. O ex-presidente pretende 250 mil euros (equivalente a três meses de salário) porque, quando deixou a empresa há pouco mais de um ano, tinha 22 anos como empregado.
A audiência perante a Magistratura do Trabalho será realizada a 17 de abril. No entanto, a Renault argumenta que, desde 2005, Carlos Ghosn deixou de ser um empregado assalariado quando assumiu o cargo de CEO.
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