O presidente da marca automóvel Renault, Carlos Ghosn, demitiu-se do cargo, anunciou o ministro das Finanças francês Bruno Le Maire à agência France Presse.
Carlos Ghosn encontra-se preso no Japão há mais de dois meses, onde é acusado de fraude fiscal. A marca francesa foi a última da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi a destituir Ghosn do seu cargo de presidência. A Nissan retirou Ghosn do cargo a 21 de novembro e a Mitsubishi a 26 do mesmo mês.
A demissão do executivo foi comunicada na passada quarta-feira, 23 de janeiro, às autoridades internas da empresa. Uma fonte próxima da marca francesa confirmou à agência que o presidente e diretor geral se demitiu. Bruno Le Maire anunciou este afastamento no Fórum Económico Mundial que decorre em Davos, na Suíça.
A fonte da empresa declarou que “o conselho de administração vai tomar posição em breve”. A administração da Renault marcou uma reunião a partir das 10h00 (9h00 em Lisboa) em Boulogne-Billancourt, sudoeste de Paris.
O francês Thierry Bolloré, adjunto de Ghosn, e Jean-Dominique Senard, patrão da Michelin, deverão assumir, oficialmente, a liderança do construtor automóvel. Bolloré ocupava o lugar de presidente interino desde a prisão do executivo no Japão, a 19 de novembro.
Carlos Ghosn era presidente da Renault desde 2005, mas está preso por suspeitas de ter omitido, entre 2010 e 2015, grande parte dos proveitos pessoais pelas funções que executava na marca Nissan.
O julgamento do gestor brasileiro só está marcado para dia 10 de março, devendo manter-se preso até esta data, uma vez que o tribunal de Tóquio rejeitou mais um pedido de liberdade sob pagamento de fiança esta terça-feira, 22 de janeiro. Ghosn arrisca 15 anos de prisão.
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