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Carlos Tavares anuncia “ofensiva de eletrificação global” da Stellantis e um Ami urbano a 19,99 euros por mês

Entre as novidades apresentadas a 3 de março pelo CEO da Stellantis estão 10 modelos de alta voltagem que serão lançados ainda em 2021, o veículo urbano acessível Ami, com aluguer mensal de 20 euros, e veículos para frotas com “fuel cell”, além de uma pick-up para a Europa resultante da cooperação com a Toyota.
3 Março 2021, 18h05

“A nossa integração vertical está a avançar”, comentou esta quarta-feira, 3 de março, em Amesterdão, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, na apresentação dos resultados de 2020 do novo gigante do sector automóvel, anunciando uma “ofensiva de eletrificação global” que inclui 10 modelos adicionais de alta voltagem que serão lançados em 2021. “A Stellantis não nasceu da crise; nasceu de duas companhias fortes que têm muitas sinergias e um plano ofensivo para abordar o mercado automóvel”, comentou, garantindo que “não vamos ser um dinosauro” no sector automóvel.

O gestor português que efetuou a fusão dos grupos FCA – Fiat Chrysler Automobilies e PSA – Peugeot-Citroën anunciou que “vamos oferecer 17 modelos eletrificados no segmento B, no dos C-SUV e dos LCV. No final de 2022 a PSA lançará o seu motor elétrico e no final de 2023 será a vez de lançar uma nova bateria para veículos elétricos no final de 2023.

“Temos quatro modelos nossos no pódio dos respetivos segmentos na Europa, sendo eles o 208, o 2008, o 3008 e a Partner” – o veículo comercial que é fabricado na fábrica portuguesa de Mangualde. Na oferta de veículos eletrificados a PSA tem “o Ami, que é um veículo acessível a todos, podendo ser alugado por cerca de 20 euros por mês”, diz o CEO, o ë-C4, o C5 Aircross Hybrid, o ë-Jumpy, o ë-Spacetourer e o ë-Jumper. Além disso, Carlos Tavares anunciou o lançamento da pick-up Peugeot Landtrek, que resulta de uma cooperação com a Toyota na Europa”, além do lançamento, no final de 2021, do modelo com “fuel cell” – pilha de combustível – destinado a equipar frotas comerciais.

Carlos Tavares, CEO da Stellantis, apresentou esta quarta-feira, na sede da Stellantis, na Holanda, os resultados de 2020, num ano que ficou marcado por um volume muito elevado de projetos de fusão e de negociações, cujo resultado foi a criação da Stellantis. “Negociámos com o mundo inteiro e só tivemos um objetivo, que foi o de criarmos a Stellantis, o que comprova que tivemos maturidade, foco, consistência”, referiu o gestor português, agradecendo a colaboração que teve nesta missão da parte do CEO da FCA – Fiat-Chrysler Automobiles. Um dos frutos visíveis da Stellantis está patente “no seu resultado ‘all weather'”, sublinha Carlos Tavares, onde se inclui “o sucesso da recuperação da Opel-Vauxwall”.

A Stellantis representa “escolhas radicais, uma janela aberta, uma lufada de ar fresco”, diz Carlos Tavares. “Todos entendem as criações desta nossa nova companhia, porque nós focamo-nos na qualidade do nosso modelo de negócio”, comenta o CEO. Combinado, na PSA, com a margem operacional de 7,1% em 2020 (contra uma margem operacional de 8,5% em 2019) e um lucro líquido consolidado de 2.022 milhões de euros em 2020, o que compara com 3.584 milhões de euros registados em 2019, correspondentes a um net income groupe share de 3.201 milhões de euros em 2019 e de 2.173 milhões de euros em 2020 na PSA,  Carlos Tavares referiu que este desempenho “mostra que a nossa ‘guidance’ é respeitada,  que as nossas companhias são resilientes e que as nossas equipas são ágeis”, comentou, agradecendo “a todos os trabalhadores da PSA pelo que conseguimos atingir este ano e pelos resultados dos últimos sete anos”.

“Estou contente por voltar a página”, afirmou o CEO da Stellantis. “Estamos a salvo porque a nossa atividade está entregue em boas mãos”, comentou Carlos Tavares, admitindo que “o turnaround da Opel é estrutural, comentou Carlos Tavares. “O Opel Corsa lidera o mercado alemão”, referiu o CEO

Mike Manley, o CEO da FCA – Fiat Chrysler Automobiles referiu a “força e a sólida base do grupo FCA, em que todos os segmentos foram rentáveis o que acontece pela primeira vez desde 2018, batendo, no quarto trimestre de 2020, o recorde de um EBIT ajustado de 2,3 mil milhões de euros e uma margem EBIT ajustada de 8,2%, em que se destaca a liderança de mercado na América Latina e no Brasil, com uma quota de mercado de 17,8% e 24,2%, respetivamente, num momento em que as vendas na região LATAM cresceram 16%, enquanto a indústria registou uma queda de 6%”. No quarto trimestre de 2020 o grupo FCA também registou um recorde no EBIT ajustado e na respetiva margem na América do Norte, com 2,2 mil milhões de euros e uma margem de 11,6%.

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