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Carlos Tavares vai aos Estados Unidos para desenvolver estratégia da Stellantis

A viagem do CEO, durante as suas férias de verão, serve para tranquilizar os investidores e trabalhadores após os “resultados dececionantes e humilhantes” do primeiro semestre, de acordo com a “Reuters”.
21 Agosto 2024, 14h39

O CEO da Stellantis, o empresário português Carlos Tavares, está prestes a viajar até Detroit, nos Estados Unidos, para ainda esta semana tentar desenvolver uma nova estratégia para as operações norte-americanas da marca, que penalizaram os resultados do primeiro trimestre.

A viagem até ao estado de Michigan, mais do um ‘puxão de orelhas’ ao negócio do outro lado do Atlântico, servirá para tranquilizar tanto os colaboradores como os investidores, de acordo com a informação transmitida por duas fontes familiarizadas com o assunto à agência “Reuters”.

As ações da Stellantis – dona das marcas de carros Peugeot, Fiat, Citroën, Opel, Jeep ou Maserati – afundaram quase 50% desde os máximos de março, na sequência da divulgação dos resultados, que foram “dececionantes e humilhantes” nas palavras de Carlos Tavares.

O objetivo do CEO com esta deslocação é mostrar que está a tratar, pessoalmente, deste tema, apesar de ir aos Estados Unidos quase todos os meses, porque é lá que tem as marcas Chrysler, Dodge, Jeep e Ram. “Queria deixar claro que estava a lidar com isso pessoalmente”, disse a fonte anónima à agência noticiosa.

Nos primeiros seis meses de 2024, a Stellantis reportou quedas nos resultados em diversas vertentes: desde logo, o lucro líquido de 5,6 mil milhões de euros (-48%) e as receitas de 85 mil milhões de euros (-14%). O lucro por ação também caiu 35%, em termos homólogos, e resultado operacional ajustado foi de 8,5 mil milhões de euros, o que representou uma margem de 10%.

“O menor desempenho financeiro no primeiro semestre de 2024 foi impulsionado, principalmente, por volumes e mix mais baixos, com uma comparação de volume desafiante devido a uma combinação de iniciativas de redução de stock, lacunas temporárias na produção de produtos, devido a uma transição de portfólio geracional e uma menor quota de mercado, em especial na América do Norte”, de acordo com o relatório e contas publicado a 25 de julho.

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