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Carlos Tavares vai reformar-se em 2026 e Stellantis já procura sucessor

Quebra de vendas e a crise do sector pareceu precipitar este desfecho mas o gestor português vai reformar-se. A Stellantis aproveita a saída para reformar todo o seu quadro diretivo.
Carlos Tavares
Carlos Tavares, Chief Executive Officer of Stellantis, attends the Paris Automotive Summit during the 2022 Paris Auto Show in Paris, France, October 18, 2022. REUTERS/Stephane Mahe
11 Outubro 2024, 09h00

O grupo Stellantis confirmou que o português Carlos Tavares vai deixar as suas funções no grupo em 2026, mas para se reformar e não pelo fim do contrato. Em comunicado, o grupo automóvel confirma que a procura por um novo CEO já arrancou, e que foi criado uma comissão específica para o cargo, estando a mesma a ser liderada por John Elkann.

A procura e escolha por um novo CEO só deverá estar concluída no último trimestre de 2025.

A saída de Carlos Tavares, atualmente com 66 anos, já tinha sido antecipada pela empresa e pelo próprio, sendo que o seu contrato também estaria a chegar ao fim. Muitos rumores circularam de que a Stellantis não estaria satisfeita com o recente desempenho de algumas das marcas do grupo, pelo que a substituição do gestor português poderia estar relacionada com a quebra de vendas e também com a crise que o sector enfrenta.

No entanto, a Stellantis anunciou outras mudanças nos quadros superiores do grupo, com efeito imediato. O objetivo da Stellantis é “simplificar e melhorar o desempenho da organização num ambiente global turbulento”. Por isso mesmo, a companhia franco-italiana-americana decidiu proceder a “alterações organizacionais específicas que vão produzir efeitos imediatos na equipa de gestão”.

O atual diretor de operações na China, Doug Ostermann, foi nomeado para o cargo de diretor financeiro do grupo, em substituição de Nathalie Knight, que vai deixar o grupo. A empresa destaca a experiência de mais de 19 anos de Ostermann na indústria e especificamente em finanças em três grupos internacionais.

Já Gregoire Olivier vai ocupar o lugar deixado por Ostermann na China, mas acumula esta nova função com a atual, de diretor de ligação na Leapmotor. O objetivo é aproveitar o conhecimento especializado de Olivier, bem como a sua experiência no mercado chinês.

Por sua vez, Santo Ficili foi nomeado CEO da Maserati e da Alfa Romeo, além de abraçar o desafio como novo membro da Top Executive Team. O grupo automóvel revela querer aproveitar “o seu vasto conhecimento do sector automóvel e das operações comerciais”.

O único anúncio que ficou a faltar, e que a própria empresa dá conta, é o novo cargo de Davide Grasso.

O grupo automóvel quer “voltar a centrar a empresa nas principais prioridades operacionais e enfrentar com determinação os desafios globais que se colocam ao setor automóvel”.

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