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Carneiro aponta a “consensos democráticos” com Governo e garante oposição “firme”

O antigo ministro da Administração Interna é candidato à liderança do Partido Socialista e quer possibilitar a governação de Luís Montenegro, mas sem ser visto como muleta do Governo. O objetivo, a médio prazo, passa por “voltar a fazer do PS o maior partido português”.
Cristina Bernardo
9 Junho 2025, 07h00

José Luís Carneiro aponta à importância de estabelecer “consensos democráticos” com o Governo. Não obstante, assegura que o Partido Socialista (PS) fará oposição “responsável e firme”.

O candidato a secretário-geral do PS apresentou a candidatura na tarde de sábado e levantou o véu sobre algumas das linhas orientadoras daquilo que quer fazer enquanto líder do partido. Nesse sentido, deverão existir consensos “na política externa e europeia, Defesa, Segurança, Justiça e organização e reforma do Estado”, reitera.

O propósito passa por “voltar a fazer do PS o maior partido português”, ao mesmo tempo que “não será tíbio” na Assembleia da República, sublinha.

Na sede nacional do PS, situada no Largo do Rato, em Lisboa, o próprio deixou claro que “análise e debate, sim, ao máximo. Ataques pessoais e superficiais na praça pública, nunca: comigo não contem com isso”, reiterou. Noutro capítulo, deixou uma crítica aos políticos que diz não estarem atentos às preocupações dos portugueses.

Em alguns casos, os líderes dos grandes partidos “gostam excessivamente de se ouvir a si mesmos e uns aos outros; por vezes, distanciam-se do que pensa o povo”, salienta Carneiro, antes de referir que o regime tem muito a perder com aquela prática. “A democracia necessita que a maior preocupação de um político seja a de saber ouvir”, garante.

No mesmo âmbito, o candidato à liderança do PS não tem dúvidas de que “somos o único partido capaz de oferecer respostas sérias e sustentáveis aos problemas do dia-a-dia das pessoas”, atirou. Nesta ótica, o próprio tem “convicção profunda” de que os resultados das últimas eleições legislativas “são conjunturais”.

Ao mesmo tempo, “os que tentarem desvalorizar a grande obra da democracia serão sempre os nossos maiores adversários”, atirou José Luís Carneiro, que procura ainda um “Portugal mais europeu, mais próspero e mais coeso”.

No que diz respeito a imigração, o candidato assinalou que “Portugal está mais seguro na regulação das fronteiras”.

Recorde-se que as candidaturas ao cargo de secretário-geral do PS estão abertas até dia 12 de junho. As eleições interinas vão acontecer entre os dias 27 e 28 de junho.

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