O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, revelou hoje quais são as grandes preocupações dos jovens socialistas, destacando a questão da habitação, a valorização de rendimentos médios, o custo de vida e a qualidade da vida democrática.
“Estou aqui para valorizar o trabalho dos nossos jovens socialistas, que querem apresentar uma agenda para o poder local democrático, com prioridades que são muito relevantes para os portugueses. A primeira é a de procurar valorizar os rendimentos médios dos mais jovens”, sustentou.
À entrada para a Convenção Autárquica da Juventude Socialista, que decorre em Coimbra, com a participação de cerca de 80 jovens, José Luís Carneiro, destacou que os jovens pretendem melhorar os rendimentos médios, “fazendo-os evoluir para o nível dos rendimentos médios europeus”.
“A segunda grande prioridade dos nossos jovens é a habitação, ou seja, é impossível olhar para a passividade do Governo quando Portugal foi o país da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] em que os custos da habitação mais subiram. Não encontrámos uma resposta estruturada, do lado da oferta da parte do Governo e, pior do que isso, a informação que temos dos autarcas é que estão há meses sem conseguir sequer contactar o IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]”, acrescentou.
Aos jornalistas, o líder do PS indicou que a terceira grande preocupação tem que ver com o custo de vida, nomeadamente o custo alimentar.
“É muito importante podermos reafirmar propostas que apresentámos no nosso programa eleitoral, nomeadamente do IVA Zero para os bens alimentares que constituem uma base de produtos alimentares, porque estão a subir de forma exponencial e isso está a ter impactos muito fortes nas famílias”, alegou.
Por último, José Luís Carneiro aludiu à qualidade da vida democrática.
“Os nossos jovens estão muito preocupados com o modo como a extrema-direita, o populismo, a radicalização das sociedades estão a perturbar o diálogo saudável, construtivo de uma democracia qualificada e europeia, pluralista, diversa, que respeite os direitos humanos e que os valorize todos os dias na agenda quotidiana, na defesa da dignidade de toda a pessoa”, referiu.
Questionado sobre a possibilidade de Mário Centeno poder ser candidato a Belém, depois de este não ter fechado a porta ao regresso à vida política em entrevista à RTP, o secretário-geral do PS vincou que já disse o que tinha a dizer sobre as eleições presidenciais.
“Apenas podemos dizer que o acolheremos de braços abertos quando e como ele quiser participar na vida do Partido Socialista”, concluiu.
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