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Casamentos custam em média 25 mil euros. Deve financiar com crédito pessoal?

Pedir um empréstimo pode ser a solução para fazer face aos elevados custos que um casamento pode implicar, mas será que deve financiar a cerimónia com recurso a um crédito pessoal? Veja os prós e contras neste artigo.
26 Setembro 2019, 13h06

De acordo com uma análise anteriormente realizada pelo ComparaJá.pt, o custo médio de um casamento em Portugal pode ascender aos 25 mil euros. Como poderá não tem essa quantia disponível, ou pelo menos não quererá gastá-la toda de uma só vez. Pedir um empréstimo pode muito bem ser uma solução, mas será que deve financiar o casamento com crédito pessoal?

É perfeitamente natural que apenas deseje o melhor para um dia tão especial como o dia em que se vai casar. Mas antes que perca a cabeça com arranjos florais e bolos de dez camadas, convém desenhar um plano sólido de como financiar o casamento. Por cá, noivas e noivos portugueses têm ao seu dispor várias opções para financiar o grande dia. Um deles é o crédito pessoal. Aliás, quando se trata de orçamentos a longo prazo, esta opção pode ser um verdadeiro auxílio financeiro. Mas será a melhor alternativa para o casamento?

Crédito pessoal: ideal para casais financeiramente estáveis

Consegue ser autossuficiente e ainda ter uma folga orçamental, juntamente com a pessoa com quem está prestes a casar-se? Se sim, facilmente consegue lidar com as responsabilidades que um novo empréstimo acarreta.

Acima de tudo, tem de estar numa situação financeira estável quando solicitar um crédito pessoal. Para tal, deve ter:

  • histórico de crédito saudável
  • emprego estável
  • pouca ou nenhuma dívida
  • um fundo de emergência robusto

Se cumprir estes fatores estará bem posicionado para pagar com sucesso e sem percalços o empréstimo. Para além disso, aumenta as probabilidades de fazer uma negociação melhor com a instituição bancária, como conseguir prazos de pagamento mais flexíveis ou taxas de juro mais baixas.

 

Quanto pode pedir emprestado para o casamento?

Dependendo do historial de crédito que apresenta e das políticas internas da instituição financeira de crédito, em Portugal pode pedir até 50 mil euros para se casar.

Como escolher um crédito pessoal?

Os juros serão a sua maior preocupação quando pedir um empréstimo. O objetivo não deve passar por procurar a Taxa Anual Nominal (TAN) mais baixa, mas sim a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) mais baixa. Isto porque esta última contém a taxa de juro total que vai pagar com todos os custos adicionais incluídos.

Ao contrário do valor das prestações mensais, que podem aparecer em maior destaque nas campanhas publicitárias, a TAEG é mais eficaz quando refletir sobre os custos anuais totais do empréstimo. Isso inclui os juros, mas também os seguros, comissões iniciais e outros custos relacionados.

Para além de examinar a TAEG e outras comissões, certifique-se que sabe se está isento de algumas taxas ou ofertas de adesão que amenizem a mensalidade que vai pagar. Pode comparar no simulador do ComparaJá.pt todas as soluções de crédito pessoal em Portugal.

Quando pensar duas vezes sobre o crédito

Convém salientar, contudo, que a opção de financiamento por crédito pessoal não é para todos os casos. Por exemplo, se já tiver alguns créditos contraídos, é menos provável que lhe seja concedido um novo. Porquê? Os bancos e agências de créditos calculam a taxa de esforço de potenciais clientes, de modo a saber se o beneficiário vai ou não conseguir pagar todas as mensalidades.

Se é o caso, talvez o melhor seja solicitar um crédito consolidado, juntando todos os créditos num só, com uma mensalidade mais baixa e prazo de pagamento alargado.

Vamos supor que ganha um ordenado líquido de 1.200 euros e que paga de prestação da casa 400 euros. Para além disso, todos os meses paga 200 euros do crédito automóvel. Se pedir um crédito pessoal para se casar no valor de 15 mil euros a pagar durante 6 anos cerca de 310 euros mensalmente, teria uma taxa de esforço de aproximadamente 75%, tendo em conta o montante disponível para fazer face às despesas. Não seria o mais aconselhável, mas ainda assim conseguiria o montante.

Seja qual for a opção de financiamento que escolher, rastreie bem todos os custos que terá com o grande dia e tente não gastar para além das possibilidades. Até porque casar é só o primeiro passo no que toca a despesas: depois de casado vem a compra de casa, filhos… Mas uma coisa de cada vez!

É importante saber as vantagens de ter uma discussão financeira em casal sobre os objetivos que têm em comum para o casamento. A última coisa que pretende é ter uma conta fora de controlo, dificultando os planos que tem para após o “aceito”.

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