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Casas de luxo. Preços subiram 16,9% em Portugal no primeiro trimestre, indica estudo

Os dados da Quintela + Penalva colocam Portugal no terceiro lugar do ranking entre 55 países analisados, ficando apenas atrás da Turquia (32,2%) e Macedónia do Norte (22,6%). Em termos reais, a valorização foi de 14,8%, sendo que face ao trimestre anterior o aumento foi de 5,7%.
Casas
18 Agosto 2025, 15h13

Os preços das casas de luxo em Portugal registaram uma subida de 16,9% no primeiro trimestre, face ao período homólogo de 2024, sendo que, em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 5,7%. Em termos reais, a valorização foi de 14,8%, segundo os dados revelados pela Quintela + Penalva, associada da imobiliária Knight Frank em Portugal, no relatório Global House Price Index, que analisa os preços das habitações em 55 mercados.

Em termos globais, os preços das habitações nos 55 mercados analisados subiram, em média, 2,3% face ao mesmo período do ano anterior, o valor mais elevado desde o segundo trimestre de 2024, embora se mantenham abaixo da taxa de tendência de longo prazo de 5,1%, o que se explica pela redução dos custos de financiamento após os cortes nas taxas de juro a nível global.

Liam Bailey, Diretor Global de Pesquisa da Knight Frank, refere que “o crescimento global dos preços das casas recuperou modestamente acima da sua tendência de longo prazo, graças aos cortes iniciais nas taxas de juro, mas a acessibilidade real continua limitada. Acreditamos que será necessária uma maior flexibilização da política monetária este ano para sustentar o crescimento na tendência ou acima dela.”

Os dados de Portugal colocam o país em terceiro lugar neste ranking, ficando apenas atrás da Turquia (32,2%) e da Macedónia do Norte (22,6%), ultrapassando países como a Bulgária (15,1%) e a Croácia (13,1%).

Apesar da recuperação nominal a nível global, o crescimento real médio manteve-se negativo (-0,4%), resultado da inflação persistente em várias regiões, especialmente na Europa e na América do Norte.

No total, 87% dos mercados registaram subidas anuais positivas, enquanto mercados como a China Continental (-7,5%) e Hong Kong (-6,5%) enfrentaram quedas significativas.

Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, afirma que “Portugal entrou definitivamente no radar de investidores estrangeiros que procuram oportunidades de investimento ou uma segunda habitação. O cliente nacional está também cada vez mais exigente, procurando projetos de qualidade e distintivos.”

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