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Casas estão mais caras em Portugal mas vendas aumentam no segundo trimestre

Face ao trimestre anterior verificou-se um ligeiro crescimento de 0,8%. Em relação ao preço das casas existentes a subida homóloga foi de 8,3%, enquanto nas habitações novas o aumento foi de 6,6%.
Casas
20 Setembro 2024, 11h53

Os preços das casas em Portugal registaram um aumento de 7,8% no segundo trimestre em comparação com o período homólogo de 2023, tendo verificado uma ligeira subida de 0,8%, face ao trimestre anterior, segundo os dados do Índice de Preços da Habitação (IPHab) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.

Em relação ao preço das casas existentes a subida homóloga foi de 8,3%, enquanto nas habitações novas o aumento foi de 6,6%. No trimestre em análise foram transacionadas 37.125 habitações, o que significou uma subida homóloga de 10,4% (-4,1% no trimestre anterior). Trata-se do primeiro aumento (homólogo) do número de transações desde o segundo trimestre de 2022.

Entre abril e junho de 2024, as habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8%) tendo totalizado 29.630 unidades, mais 10,6% face ao registo do mesmo período de 2023 (variação de -4,0% no 1º trimestre de 2024). No que respeita às habitações novas, contabilizaram-se 7.495 transações, traduzindo-se num crescimento de 9,8% por comparação com o mesmo período do ano anterior (-4,4% no 1º trimestre de 2024).

No trimestre em análise o valor dos alojamentos transacionados fixou-se em 7,9 mil milhões de euros, mais 14,1% face ao registado no mesmo trimestre de 2023 (-1,8% no trimestre anterior). Já o valor das transações das habitações existentes ascendeu a 5,7 mil milhões de euros (aumento de 14,8% face ao mesmo período de 2023) enquanto o valor das transações de habitações novas atingiu 2,2 mil milhões de euros (aumento homólogo de 12,2%).

Entre o primeiro e segundo trimestres registou-se um aumento de 12,2% no número de transações de alojamentos (-3,1% no trimestre anterior). O crescimento foi extensível a ambas as categorias de habitações, tendo-se registado taxas de variação de 12,5% nas habitações novas (-0,7% no primeiro trimestre de 2024) e 12,2% nas habitações existentes (-3,7% no primeiro trimestre de 2024).

No segundo trimestre as habitações adquiridas por compradores pertencentes ao sector institucional das famílias ascenderam a 31.948 unidades, 86,1% do total. O registo obtido representa um crescimento do número de transações de 11,2% em termos homólogos e de 13,0% relativamente ao trimestre anterior.

Em valor, as vendas de habitações a famílias corresponderam a 6,7 mil milhões de euros, 85,4% do total, apresentando um crescimento homólogo de 16,4% e uma taxa de variação de 18,8% face ao trimestre anterior.

No trimestre em análise foram contabilizadas 34.661 transações cujos compradores apresentaram um domicílio fiscal no Território Nacional, mais 11,5% em termos homólogos. Em termos relativos, o peso destas transações no total diminuiu para 93,4% (93,8% no trimestre anterior), mas aumentou face ao período homólogo (92,5%).

Em termos geográficos a região Norte, com um total de 10.995 transações, concentrou 29,6% do total das vendas de habitações, mais 1,0 p.p. face ao período homólogo, seguindo-se o Centro e o Alentejo, com 5.885 e 1.945, respetivamente, foram as outras regiões a apresentar incrementos nas respetivas quotas regionais, 0,5 p.p. e 0,2 p.p., pela mesma ordem.

As transações de habitações localizadas na Grande Lisboa fixaram-se em 7.031 unidades, ou seja, 18,9% do total, percentagem idêntica à do mesmo período do ano transato. Na Península de Setúbal venderam-se 3.523 habitações, 9,5% do total, traduzindo-se numa redução homóloga de 0,4 p.p..

Seguiram-se, em termos de número de transações, o Oeste e Vale do Tejo e o Algarve, com 3.475 e 2.836 transações, respetivamente. As transações de alojamentos na Região Autónoma da Madeira ascenderam a 836 unidades, 2,3% do total (-0,1 p.p. em termos homólogos). Na Região Autónoma dos Açores contabilizaram-se 599 transações, mantendo-se o peso relativo de 1,6%.

No segundo trimestre as habitações transacionadas na Grande Lisboa totalizaram 2,5 mil milhões de euros, 32,2% do total, menos 0,7 p.p. em termos homólogos. No Norte, o valor das habitações transacionadas ascendeu a 1,9 mil milhões de euros, enquanto no Algarve atingiu 912 milhões de euros, observando-se, no primeiro caso, um aumento homólogo do respetivo peso relativo de 1,3 p.p., e, no segundo caso, uma redução da quota relativa na mesma amplitude (-1,3 p.p.).

Na Península de Setúbal, o valor das transações de alojamentos (752 milhões de euros) correspondeu a 9,5% do total, menos 0,1 p.p. face ao período homólogo. O Centro apresentou um incremento de 0,5 p.p. no seu peso relativo, para um total de 9,3%, correspondente a um valor de 733 milhões de euros.

No Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo as habitações transacionadas somaram 508 milhões de euros e 227 milhões de euros, respetivamente, aos quais corresponderam pesos relativos de 6,5% e 2,9%, pela mesma ordem. Em ambos os casos, registaram-se aumentos das respetivas quotas relativas de 0,3 p.p. no Oeste e Vale do Tejo e 0,1 p.p. no Alentejo.

Na Região Autónoma da Madeira, as habitações transacionadas perfizeram 189 milhões de euros (2,4% do total), sensivelmente o dobro do valor observado na Região Autónoma dos Açores, 95 milhões de euros (1,2% do total).

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