As casas estão mais caras em Portugal. Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativamente ao Índice de Preços da Habitação (IPHab) revelam uma variação homóloga de 8% e um crescimento de 0,1% face ao trimestre anterior, o que este organismo atribui ao aumento do preço das casas novas, que cresceram 5,4% face a igualo período de 2016, e 1,2% face ao primeiro trimestre de 2017. Esta foi a segunda vez consecutiva que se registou uma aceleração dos preços deste tipo de alojamento, algo que contrasta com os das casas existentes. Aqui, a variação homóloga registada no segundo trimestre foi de 8,9%, menos 0,3% do que o que se havia verificado no primeiro trimestre de 2017.
Vendas aumentam
Apesar de os preços terem subido, o INE revela que, entre abril e junho de 2017, foram transacionados 36 886 alojamentos (o máximo desde que o INE publica este índice), um aumento homólogo de 16,1% e de 4,9% quando comparado com o trimestre transato. As vendas geraram cerca de 4,6 mil milhões de euros, dos quais 3,7 mil milhões dizem respeito a alojamentos existentes.
Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017, o IPHab cresceu 3,2% (2,1% no primeiro trimestre de 2017). Este foi o segundo trimestre consecutivo em que se observou uma aceleração dos preços, mais expressiva no que respeita a alojamentos novos (3,3% face a 0,8% no primeiro trimestre de 2017) do que nos alojamentos existentes (3,2% no segundo trimestre e 2,5% no primeiro trimestre de 2017).
Foi na Área Metropolitana de Lisboa, na região Norte e no Algarve que se registaram as maiores vendas de habitações (13.111, 10.752 e 3.621 transações, respetivamente). A Área Metropolitana de Lisboa ultrapassou pela primeira vez as 13.000 transações num só trimestre e representou um total de 48,2% do total de receita gerada, cerca de 2 mil milhões de euros.
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