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Caso Marega: António Costa espera que autoridades ajam “como lhes compete” para que “nunca mais isto aconteça”

Depois de condenar no Twitter os cânticos racistas contra Marega, o primeiro-ministro manifestou “um repúdio total por este tipo de comportamento”.
17 Fevereiro 2020, 11h12

O primeiro-ministro, António Costa, voltou a criticar os alegados cânticos racistas contra o jogador de futebol Moussa Marega por adeptos do Guimarães durante o jogo entre o Vitória e o FC Porto, sublinhando esperar que as “autoridades ajam” para impedir que situações semelhantes voltem a acontecer.

O chefe do Executivo manifestou “um repúdio total por este tipo de comportamento” e disse esperar “que sirva de exemplo para que não se repita em mais nenhum estádio e que as autoridades ajam como lhes compete de forma a impedir para que nunca mais isto aconteça”.

“Há dois tipos de ação: a repressiva, que é aquela que está já desencadeada, tendo em vista identificar quem são os responsáveis, tendo em vista puni-los e aplicar também o novo quadro legal que já foi aplicado há um ano e que permite endurecer, quer punição dos agentes, quer dos clubes, quer a práticas de violência, quer a práticas de racismo”, acrescentou, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela TVI24, à entrada para a reunião de Concertação Social

O primeiro-ministro sublinhou que “há todo um trabalho de fundo, que é todo um trabalho da sociedade, que é promover aquilo que são a defesa dos valores da dignidade da pessoa humana”.

“O racismo é talvez uma das formas mais brutais contra a expressão da dignidade da pessoa humana”, concluiu.

Também o Presidente da República já mostrou a sua solidariedade para com Moussa Marega. “A Constituição da República Portuguesa é muito clara na condenação do racismo, assim como de outras formas de xenofobia e discriminação, e o povo português sabe, até por experiência histórica, que o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação, além de representar a violação da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos fundamentais, é um caminho dramático em termos de cultura, civilização e de paz social”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração à agência Lusa.

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