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Catalães da Nextil abrem capital da portuguesa Playvest ao fundo Grow Inov

O fundo vai adiantar quatro milhões de euros à Playvest – que é um dos três ativos empresariais detidos em Portugal pelo grupo Nextil. Os catalães entraram no mercado nacional em 2018.
zona euro indústria fábrica
24 Janeiro 2023, 10h59

O grupo têxtil Nextil, oriundo da Catalunha, assinou um compromisso com o fundo Growth Inov com o qual vai obter quatro milhões de euros para a sua subsidiária portuguesa, a Playvest. A operação consiste na emissão de títulos convertíveis em ações da Playvest, segundo avança a Nextil em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (a CMVM espanhola).

A Playvest tem até 20 de março próximo para formalizar a operação e, em caso de incumprimento, deve devolver integralmente o adiantamento efetuado pelo fundo. O fundo Growth Inov é um dos dois veículos detidos pela Growth Partners Capital, gestora de fundos ibérica liderada por Juan José Rodríguez-Navarro e José María Cantero, especializado em pequenas e médias empresas com elevada potencial de investigação e desenvolvimento (I&D).

No seu portfólio português conta-se ainda a TimeStamp, do sector das TI, o grupo Saúde Atlântica, e a Agile Content, um provedor de OTT.

Há vários anos que a Nextil tem vindo a aumentar os seus interesses em Portugal na área têxtil. A última vez que realizou novo investimento (o terceiro) foi há cerca de um ano, com a aquisição de Keupe, especializada em vestuário de luxo, entretanto transformada em Nextil Luxury.

Segundo afirmava a Nextil na altura, a aquisição representa mais um passo na incorporação de empresas que acrescentam valor em cada uma das fases do negócio e na consolidação do seu posicionamento no segmento do luxo.

A Keupe veio juntar-se às aquisições realizadas em 2018, primeiro da SICI93 e mais tarde da Playvest, ambas com sede em Braga, e com unidades de produção em Vila Verde, Vizela e Braga.

A Nextil terminou os primeiros nove meses de 2022 com um volume de negócios de 39,1 milhões de euros, menos 12,9% que em 2021. O EBITDA fixou-se nos 2,4 milhões, 25% menos que no período homólogo do ano anterior.

A Sherpa Capital assumiu o controlo da empresa catalã há nove anos e transferiu a gestão no final de 2022 para um conjunto de investidores que já estavam na capital. O grupo produz tecidos e confeção e atua nos segmentos de luxo, desportivo, têxteis-lar, moda íntima e material médico.

A produção é assegurada em três centros de produção em Portugal, Espanha e Estados Unidos, aos quais em breve se somará outro na Guatemala, segundo adianta a imprensa espanhola.

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