[weglot_switcher]

Catarina Martins diz que imigração “deve ser um direito, mas não pode ser uma condenação”

“Temos um problema de precisarmos de gente. E diria, já agora, gente com salários dignos e com habitação que os salários pudessem pagar”, disse Catarina Martins ao “Diário de Notícias”.
29 Maio 2024, 14h38

A cabeça de lista do BE às Europeias, Catarina Martins, considerou, esta quarta-feira, em entrevista ao Diário de Notícias, que a “imigração deve ser um direito, mas não pode ser uma condenação”.

“Segundo os dados da Pordata, entre 2011 e 2023, Portugal perdeu mais pessoas para a emigração do que aquelas que ganhou com a imigração. Temos um problema de precisarmos de gente. E diria, já agora, gente com salários dignos e com habitação que os salários pudessem pagar. Isto é também para quem está a ser obrigado a sair de Portugal porque não consegue cá viver ou ficar. A imigração deve ser um direito, mas não pode ser uma condenação”, disse Catarina Martins.

Além disso, a bloquista referiu também que “o Pacto das Migrações é um absurdo. É, basicamente, uma absoluta cedência à extrema-direita e agrava o que já estava mal. O Mediterrâneo já é a fronteira mais mortífera do mundo”.

“A UE paga, literalmente, milhares de milhões de euros à Turquia, ao ditador Erdogan ou à Guarda Costeira da Líbia para reter e prender os migrantes e para os mandar para campos de concentração, a que chama de detenção. Essas pessoas ficam na mão de traficantes. Há uma economia que tanto recebe dinheiro da UE para travar pessoas de cá chegarem, como se alimenta dos traficantes que colocam pessoas sem direitos no espaço europeu. Isto é horrível. É o pior de tudo, é absurdo. É superviolento”, sublinhou a candidata pelo BE às Europeias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.