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Cavaco Silva não descarta possibilidade da idade da reforma chegar aos 80 anos em 2050

O antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da República não se mostra surpreendido com o estudo da última semana que aponta para um aumento da idade da reforma. Cavaco Silva também considera que os refugiados ou imigrantes não vão conseguir resolver a redução da população ativa. O país deve apostar numa política “muito forte de apoio à natalidade”, defende.
Cavaco Silva
15 Abril 2019, 13h55

Cavaco Silva diz que a idade da reforma poderá não ir para “não muito longe dos 80 anos”, perto de 2050. Em entrevista à “Rádio Renascença” esta segunda-feira, 15 de abril, o  antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da República não se mostra surpreendido com o estudo da última semana da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que aponta para um aumento da idade da reforma.

“Não me surpreende a conclusão do estudo”, afirma Cavaco Silva, sublinhando que essa medida “vai alterar totalmente o percurso de vida de uma pessoa, que neste momento passa por uma fase de educação, uma fase de trabalho e uma fase de reforma. No futuro, existirão mais ciclos de atividade na vida. A previsão é de que, daqui a não muitos anos, mas com certeza depois de 2030, as reformas passem a situar-se e um nível bastante superior aos 65 anos que até aqui se conheciam. Fala-se mesmo que, perto de 2050, as reformas passem a situar-se não muito longe dos 80 anos”.

Para o ex-Presidente da República a única hipótese passa por uma política “muito forte de apoio à natalidade e não tanto compensar a redução do número de população ativa com a entrada de imigrantes”.

Cavaco Silva salientou não acreditar que os “refugiados que estão a chegar à Europa possam resolver o problema de Portugal, não só porque não estamos numa rota dos imigrantes, mas também porque muitos, quando chegam aqui, tentam depois escapar-se para países como a Alemanha, a França ou os países nórdicos”.

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