[weglot_switcher]

Cavaleiros tauromáquicos acorrentam-se ao portão do Campo Pequeno em protesto contra o Governo

Os cavaleiros Luís Roxinol, António Telles e Rui Fernandes assim como o antigo forcado Luís Gomes, vão estar até às 18 horas desta segunda-feira acorrentados ao portão do Campo Pequeno, e de acordo com a informação disponibilizada, serão cumpridas todas as normas da Direção-Geral de Saúde.
1 Junho 2020, 12h47

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, autorizou o regresso de todas as atividades culturais, à exceção da tauromaquia, a partir desta segunda-feira, dia 1 junho. A decisão do Governo fez com que que alguns dos protagonistas desta atividade económica se acorrentassem ao portão do Campo Pequeno como forma de protesto, exigindo direitos iguais.

Os cavaleiros Luís Roxinol, António Telles e Rui Fernandes assim como o antigo forcado Luís Gomes, vão estar até às 18 horas desta segunda-feira acorrentados ao portão do Campo Pequeno, e de acordo com a informação disponibilizada, serão cumpridas todas as normas da Direção-Geral de Saúde.

Através de um comunicado enviado aos jornalistas, Hélder Milheiro, secretário-geral da Pró-toiro, critica o Governo e realça que os agentes da tauromaquia só podem “interpretar esta situação como forma de censura e discriminação, o que é inaceitável em pleno século XXI”.

A PróToiro critica a forma como o Governo abordou o setor, sublinhando que sempre se disponibilizaram para dialogar com o executivo e com a DGS , entidades que “nunca colocaram obstáculos à retoma dos espetáculos taurinos”. Acrescentam ainda estes agentes que nunca obtiveram resposta do Governo.

Nuno Pardal, presidente da Associação Nacional de Toureiros, afirma que “esta situação é intolerável e vamos mobilizar todos os recursos para o fim desta situação de discriminação arbitrária. A cultura não se censura”.

À semelhança do que acontece um pouco por todos os setores, a PróToiro garante que há artistas e famílias a passar dificuldades, e acusam o governo de “desprezar o sofrimento destes trabalhadores”.

Aquando do anúncio que todas as atividades culturais regressariam no dia 1 de junho, a PróToiro apresentou um conjunto de medidas face à pandemia de Covid-19, que permitissem o regresso das corridas em segurança.

Adicionalmente, a Associação Nacional de Toureiros também apresentou uma proposta para que o setor ficasse isento do pagamento de IMI durante o ano de 2020 e a “criação de uma linha financeira de apoio à alimentação e manutenção dos cavalos ao encargo dos artistas e para a sua preparação técnica e artística, durante o período de paragem de atividade, são também duas medidas urgentes.”

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.