A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) manifesta “preocupação redobrada” pelos efeitos da crise política, após o Parlamento ter chumbado esta terça-feira a moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro, com os votos contra do PS, Chega, PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, ditando a queda do Executivo. Esta é a segunda vez em democracia que um Governo em Portugal cai por falta de confiança da Assembleia da República.
A CCP avança, em comunicado, que “não pode deixar de lamentar que, decorrido pouco mais de um ano, o País se veja novamente confrontado com a realização de eleições legislativas, cujo resultado poderá conduzir a um novo ciclo de instabilidade política”.
A Confederação liderada por João Vieira Lopes salienta que as empresas precisam de estabilidade e previsibilidade para a prossecução da sua atividade, principalmente num contexto internacional marcado pela incerteza. E diz esperar que os próximos meses sirvam para os partidos políticos ajustarem os seus programas aos desafios, nacionais e internacionais, com que o País está confrontado, e que, frisa, “se encontrem as respostas necessárias para que, rapidamente, haja uma solução política que conduza o país ao crescimento económico e social que garanta a convergência com os restantes países da União Europeia”.
A CCP espera, ainda, que a ocorrência de dois outros processos eleitorais – autárquicas e presidenciais – não impeça o futuro Governo de se concentrar na resolução dos problemas do país.
“Recentemente, transmitimos a nossa preocupação com o atraso no cumprimento das expectativas das empresas, quer do ponto vista fiscal, quer económico. Agora, essa preocupação da CCP é redobrada, face aos previsíveis agravamentos decorrentes de mais esta mudança a curto prazo no elenco governativo”, acrescenta em comunicado.
Pelas razões apontadas, a CCP apela a que todos os partidos políticos se comprometam – em caso de vitória eleitoral – com “a adoção de procedimentos céleres que agilizem a tomada de decisões fundamentais para o País”.
“É exigível, a quem vencer as próximas eleições e seja qual for a força partidária ou coligação, que sejam iniciados desde logo procedimentos céleres que compensem os atrasos e indecisões causados na Economia e nas empresas, decorrentes da crise política”, conclui o presidente da CCP.
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