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CDS apela ao PPE para excluir partido de Viktor Orbán

Centristas consideram que partido de Viktor Orbán deve ser suspenso ou expulso do PPE.
28 Fevereiro 2019, 16h01

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, e o cabeça de lista do partido às eleições europeias, Nuno Melo, escreveram uma carta ao presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Joseph Daul, na qual pedem a suspensão ou exclusão do FIDESZ (União Cívica Húngara), que é o partido do presidente da Hungria, Viktor Orbán.

“A escalada de incidentes, conflitos e declarações do partido FIDESZ no que diz respeito ao PPE, aos seus dirigentes e à nossa união democrática e pluralista, quebraram de forma evidente e deliberada a nossa união e propósito comuns”, lê-se na carta escrita por Assunção Cristas e Nuno Melo, a que o Jornal Económico teve acesso.

Segundo os dirigentes do CDS-PP, a democracia livre e pluralista, o respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais e o primado do Estado de Direito foram “postos em perigo” pelas políticas seguidas pelo FIDESZ, devendo ser “defendidos com unidade e clareza”.

Algo que passa, no entender de Cristas e Melo, pela aplicação do artigo 9.º dos estatutos do PPE, avançando-se para a suspensão ou exclusão do FIDESZ daquele que é o maior agrupamento partidário no Parlamento Europeu, e que inclui os eurodeputados eleitos pelo PSD e pelo PP.

Pretende-se que os responsáveis do até agora “partido-irmão” húngaro sejam ouvidos pelo PPE, aferindo o “compromisso deste partido e do seu presidente, Viktor Orbán, aos princípios e valores da nossa família política europeia”.

Os centristas lançaram igualmente um desafio ao Partido Socialista Europeu para tomar a mesma atitude relativamente aos partidos socialistas romenos e maltês, “envolvidos em casos graves de corrupção”. Como exemplos apontam a tentativa de aprovar uma lei de amnistia que evitaria a condenação do socialista romeno Liviu Dragnea, impedido de exercer funções de chefe do governo devido a uma condenação por fraude eleitoral, estando também acusado de participar no desvio de 21 milhões de euros ligados a fundos comunitários. E ainda a ligação entre a investigação de casos de corrupção no governo socialista de Malta e o homicídio da jornalista Daphne Galizia.

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