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CDS-PP diz que Governo escolheu ser “popular” em vez de “prudente” no combate à Covid-19

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, considera que, ao querer ser popular, o Governo cometeu “várias imprudências” no combate à Covid-19 e “disse tudo e o seu contrário”, pondo de lado a contratualização do setor privado para ajudar os hospitais públicos.
  • Manuel de Almeida/LUSA
19 Janeiro 2021, 18h38

O CDS-PP acusou esta terça-feira o Governo de, na gestão da pandemia, escolher ser “popular” em vez de “prudente”. O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, considera que, ao querer ser popular, o Governo cometeu “várias imprudências” no combate à Covid-19 e “disse tudo e o seu contrário”, pondo de lado a contratualização do setor privado para ajudar os hospitais públicos.

“Parece-me que a sua condução [da gestão da pandemia] pode ter sido várias vezes imprudente. Imprudente por uma razão simples. O senhor primeiro-ministro, muitas vezes, entre ser popular ou ser prudente, escolhe a primeira. E quando escolhe a primeira comete erros e comete imprudências”, afirmou Telmo Correia, no debate sobre política geral, com o primeiro-ministro, António Costa, na Assembleia da República.

Telmo Correia assinalou que, desde o início da pandemia, o Governo já culpou pelo excesso de mortalidade em Portugal devido à Covid-19 o calor e agora o frio, e sublinhou que “não se pode dizer tudo e o seu contrário”. “Quando as coisas estão a correr bem, diz e o seu grupo parlamentar que o Governo que fez bem. Quando as coisas estão a correr mal, a culpa já é de todos. Não pode ser. Há várias imprudências foram cometidas”, referiu.

Para o CDS-PP, os privados devem ser incluídos no plano de vacinação e deve apostar-se na contratualização de camas que possam ser ainda disponibilizadas no setor privado, em vez de vir dizer que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é “autossustentável”. “Os privados nunca se negaram a essa ajuda nem a essa contratualização”, acrescentou, recusando uma eventual requisição civil, como defende o Bloco de Esquerda.

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