[weglot_switcher]

CDS-PP quer ouvir ministro da Educação sobre aulas no terceiro período

Os democratas-cristãos querem ouvir o ministro da Educação antes do dia 9 de abril, altura em que estava previsto o início do terceiro período, pois consideram “relevante” expor aos portugueses os cenários que estão a ser equacionados.
  • Cristina Bernardo
3 Abril 2020, 15h20

O CDS-PP quer ouvir, com carácter de urgência, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no Parlamento antes de o Governo se decidir como vão decorrer as aulas no terceiro período do ano letivo. Os democratas-cristãos querem ouvir o ministro da Educação antes do dia 9 de abril, altura em que estava previsto o início do terceiro período, pois consideram “relevante” expor aos portugueses os cenários que estão a ser equacionados.

Num requerimento apresentado na Assembleia da República, o CDS-PP defendem que Tiago Brandão Rodrigues deve prestar “esclarecimentos, no Parlamento, quanto aos cenários equacionados sobre o desenvolvimento do terceiro período, as formas de mitigar as inevitáveis disparidades, e a conclusão do ano, em particular, no que respeita à realização das diferentes provas nacionais”.

Os democratas-cristãos sinalizam que “esta é uma situação que afeta muitos milhares de alunos, de forma diferente consoante vários fatores, e tem fortes implicações nas suas famílias” e é preciso tomar medidas o quanto antes. O CDS-PP dá ainda conta de que o encerramento de escolas em meados de março para conter a propagação da pandemia foi anunciado “contrariando a recomendação técnica do Conselho Nacional de Saúde Pública”.

O grupo parlamentar do CDS-PP considera, por isso, importante ouvir o ministro da Educação “com caráter de urgência, antes do dia 09 de abril, por meio de videoconferência, ao senhor ministro da Educação, a fim de prestar todos os esclarecimentos sobre o assunto” na comissão parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto.

O Governo deu um parecer favorável à renovação do Estado de Emergência decretado pelo Presidente da República que prevê que o calendário escolar pode ser reajustado.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta sexta-feira, em entrevista à rádio ‘Renascença’, que 4 de maio é a data limite para os alunos do ensino secundário regressarem às aulas, permitindo uma conclusão do ano letivo dentro dos calendários previstos. “A data limite do calendário escolar, do ensino secundário, para o ensino presencial recomeçar é 4 de maio”, disse o líder do Executivo socialista.

António Costa vai reunir-se com especialistas e com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 7 de abril. No dia seguinte, 8 de abril, o Governo reúne-se com os partidos políticos para abordar o encerramento das escolas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.