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CDS reclama luto nacional pela morte de Marcelino Mata

tenente-coronel na reforma foi um dos mais condecorados militares portugueses. Tinha 80 anos e morreu vítima de covid-19, no Hospital Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).
11 Fevereiro 2021, 22h08

O CDS anunciou a morte do tenente-coronel na reforma Marcelino da Mata, “um dos fundadores da tropa de elite ‘Comandos’ e um dos militares da guerra colonial mais condecorados pelo Estado português”, refere o partido em comunicado.

Para o CDS, Portugal deve-lhe a homenagem que em vida nunca lhe prestou, e por isso ”reclama luto nacional e funeral de Estado para o Tenente-Coronel Marcelino Mata”.

Natural da Guiné-Bissau, Marcelino da Mata ofereceu-se como voluntário após cumprir a primeira incorporação no CIM-Bolama, e veio a comandar a esquadra de transportes na Base Aérea n.o 12 (Bissau). Foi várias vezes ferido em combate, sempre ao serviço de Portugal. Após a Revolução do 25 de Abril, e no fim da Guerra Colonial, foi proibido de voltar à sua terra-natal, esteve detido no quartel do RALIS, Lisboa, e foi sujeito a tortura. Viu-se obrigado ao exílio até ao 25 de Novembro, conta o partido. “Com inteira justiça, em 2 de Julho de 1969, foi feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito”.

“Ao Regimento de Comandos do Exército Português e à Associação de Comandos, o CDS presta uma vez mais sentida homenagem pelo pelos inestimáveis serviços, fundamentais para as liberdades, direitos, regras e instituições que formam e enformam o Estado de Direito em que vivemos, bem como pelo exemplo de valores e coragem que representam hoje para todos os portugueses”.

Marcelino da Mata morreu esta quinta-feira vítima de covid-19, no Hospital Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), disse à Lusa fonte oficial do Exército. Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite “Comandos”, sendo conhecido nos meios militares como um dos mais “bravos e heróicos” combatentes lusos, especificamente nas então colónias ultramarinas.

Entre as mais de 2000 missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares lusos no Senegal e a Operação Mar Verde.

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