O ministro das Finanças, Mário Centeno, mostrou-se hoje, em Madrid, confiante na “aceleração” do crescimento económico de Portugal e dos países da OCDE, depois de uma fase de “desaceleração”.
“O que nós vemos em todas as previsões disponíveis é que após a desaceleração do crescimento económico se vai seguir uma fase de aumento, aceleração desse mesmo crescimento económico”, disse Mário Centeno à margem de uma conferência sobre “Desafios para a Economia europeia” em que participou com a ministra da Economia espanhola, Nadia Calvino.
O ministro explicou que Portugal atravessou um “período de desaceleração temporária” do crescimento, tendo a economia portuguesa resistido “bastante bem” a esse processo.
Segundo Mário Centeno, a economia portuguesa “converge” com a média da área do euro e o ritmo de convergência “acelerou nos últimos meses”.
“É preciso continuar o processo de reformas da área do euro”, concluiu o ministro das Finanças.
O Produto Interno Bruto (PIB) da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico cresceu 0,6% no primeiro trimestre do ano, o dobro do trimestre precedente, sobretudo devido à recuperação verificada na Alemanha e em Itália, mas também devido à aceleração no Reino Unido e nos Estados Unidos.
A organização indicou na quarta-feira, num comunicado, que em termos homólogos o crescimento do PIB dos 36 países membros foi de 1,9% no primeiro trimestre, mais uma décima do que nos últimos três meses de 2018.
Mário Centeno escusou-se a comentar o facto de a OCDE estar menos otimista do que o Governo português quanto ao crescimento económico e ao défice do corrente ano, tendo na passada terça-feira revisto em baixa a estimativa de crescimento do PIB para 1,8% e agravado a previsão do défice para 0,5%.
No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado na terça-feira (‘Economic Outlook’), a OCDE prevê que a economia portuguesa cresça 1,8% este ano, abaixo dos 2,1% que antecipava em novembro e uma décima abaixo da estimativa de 1,9% do Governo.
Para a zona euro, a OCDE melhorou a previsão de crescimento para 2019, para 1,2%, duas décimas acima da anterior estimativa, mas antecipa que a incerteza política e as tensões comerciais vão continuar a penalizar as exportações e o investimento.
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