É uma das maiores incógnitas da política nacional, com impacto noutros quadrantes. Há um ano Mário Centeno consolidava a posição como o ministro das Finanças que conduziu o país ao reequilíbrio das contas públicas numa dupla aparentemente coesa com António Costa.
O brilharete orçamental valheu-lhe o reconhecimento dos pares europeus e dos fóruns internacionais, mas não foi preciso esperar pela campanha para as legislativas, que desembocou numa vitória do PS, para ganhar força a possibilidade de Centeno vir a levantar voo. Com um nome bem aceite em Bruxelas, logo em abril surgiram os primeiros rumores de que o ministro das Finanças poderia ser indicado para comissário europeu, mas a escolha do primeiro-ministro para a equipa de Ursula Von Der Leyen acabou por recair em Pedro Marques e Elisa Ferreira.
Enquanto se somavam sinais de que o ministro mais popular estaria pouco disponível para integrar o novo governo, em agosto a transferência de Christine Lagarde para Frankfurt deixou vaga a presidência do Fundo Monetário Internacional e Portugal chegou a colocar Centeno na corrida. No entanto, o xadrez político que guia as instituições internacionais levou-o a retirar a candidatura – enquanto António Costa continuou a contar com o seu trunfo eleitoral.
No novo elenco governativo manteve o posto e apresentou o Orçamento do Estado para 2020, cujas metas orçamentais (a concretizarem-se) o colocam na história como o ministro que pela primeira vez em democracia alcançou um excedente orçamental. Por decidir continua uma nova candidatura à presidência do Eurogrupo, que termina em julho, data que também põe fim ao mandato de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal, cargo para o qual o nome de Centeno continua a ser uma possibilidade.
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