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Centeno diz que decide perto de julho recandidatura ao Eurogrupo

Questionado sobre as divergências com António Costa relativas ao orçamento para a zona euro, Mário Centeno disse que o financiamento de um novo instrumento é “sempre difícil, porque os recursos são escassos”, admitindo que “o primeiro-ministro está preocupado com o impacto nos fundos de coesão”.
  • Cristina Bernardo
17 Janeiro 2020, 11h33

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, não nega a possibilidade de um segundo mandato, mas remete a decisão para mais perto de “julho”, garantindo que está focado nos objetivos para o primeiro semestre deste ano.

“O meu mandato termina a 13 de julho. Irei decidir concorrer a um segundo mandato mais próximo da data. Agora estou focado em concluir a agenda do primeiro semestre de 2020”, disse Mário Centeno, em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

Destacou os avanços alcançados na reforma da zona euro, nomeadamente sobre o Fundo Europeu de Garantia de Depósitos (EDIS, na sigla em inglês). “Parte da razão para o meu otimismo foi que pela primeira vez tivemos uma proposta para o EDIS do governo alemão”, sublinhou, destacando a apresentação de outras propostas, como a italiana. “Agora estamos no caminho certo para progredir. Continuarei a avançar com este tema e avançaremos o mais rápido que o ambiente político nos permitir”.

“As condições para completar a união bancária estão agora em cima da mesa e toda a gente está aberta sobre as propostas e condições”, acrescentou. “A minha expectativa é que em março iremos fechar um acordo no Eurogrupo [sobre o Mecanismo Europeu de Estabilidade] e que o Tratado possa ser assinado no primeiro semestre do ano”.

Questionado sobre as divergências com António Costa relativas ao orçamento para a zona euro, Mário Centeno disse que o financiamento de um novo instrumento é “sempre difícil, porque os recursos são escassos”, admitindo que “o primeiro-ministro está preocupado com o impacto nos fundos de coesão”.

Defendeu ainda que a zona euro está muito melhor preparada para uma possível nova crise, mas questionado se os países com mais margem orçamental devem investir mais disse que “nem todos os países têm o mesmo espaço orçamental para reagir [às recessões]”.

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