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Centeno diz que PS aumentará investimento em 56% até 2023

O ministro das Finanças, Mário Centeno, responsável pela elaboração do cenário macroeconómico do programa eleitoral do PS, afirmou hoje que o objetivo é aumentar o investimento em 56% até 2023.
  • Flickr/MATT WRITTLE
20 Julho 2019, 17h27

Mário Centeno falava na Convenção Nacional do PS, no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, num discurso com várias críticas à oposição, advertindo que a “política fiscal não pode ficar entregue à demagogia” e, por outro lado, usando a ironia de que agora, em 2019, “a despesa pública parece ser um bem sem limites”.

“Se nesta legislatura que agora termina, o esforço orçamental com o investimento público aumentou 45%, na próxima legislatura o esforço com o investimento vai aumentar 56%. É o que está inscrito no cenário macroeconómico do PS”, declarou o titular da pasta das Finanças.

Perante os militantes socialistas, Mário Centeno defendeu a tese de que o investimento é um instrumento fundamental designadamente para o crescimento e para a criação de emprego.

“Mas para um crescimento económico e para uma criação de emprego que sejam sustentáveis”, ressalvou.

Mário Centeno sustentou que “as contas certas foram uma marca da legislatura 2015/2019, com mais emprego, mais investimento, mais rendimento, mais produção, menos dívida, menos juros pagos e menos desemprego”.

“No cenário macroeconómico deste programa eleitoral temos como objetivo que a dívida fique até ligeiramente abaixo dos 100% em 2023, o que permitirá que Portugal deixe definitivamente o grupo de países com mais dívida pública, aproximando-se da Espanha, Bélgica e França. Só assim será possível manter um nível de juros baixos e investimento, não só público, como também privado”, disse.

O ministro das Finanças deixou a seguir críticas às forças da oposição, PSD e CDS-PP, começando por referir que a situação da economia portuguesa “mantém-se em termos de exigência”.

“Quatro anos depois, parece que agora é tudo fácil e, portanto, a política fiscal está em leilão. Não podemos permitir que a política fiscal seja entregue à demagogia. Também sabemos que logo ao lado existe o leilão da despesa pública, que agora parece um bem sem limites”, criticou Mário Centeno.

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