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Centro de Cibersegurança diz que não há evidências de “ato malicioso” em apagão global da Microsoft

Bancos, televisões e companhias aéreas estão a ser afetadas com um apagão global de tecnologia nesta sexta-feira. O Centro Nacional de Cibersegurança avança ao JE que há várias organizações nacionais afetadas. E diz que está a acompanhar o caso e que até ao momento não há evidências que indiquem tratar-se de um ato malicioso.
19 Julho 2024, 13h38

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) “está a acompanhar o caso da falha informática global, havendo no ciberespaço nacional várias organizações afetadas, embora com diferentes graus de impacto”, avança ao JE fonte oficial do CNCS . A mesma fonte dá conta de que “até ao momento não há evidências que indiquem tratar-se de um ato malicioso”.

Segundo fonte oficial do CNCS, o CERT.PT, um serviço integrante do CNCS, “está ativamente a contactar as entidades afetadas, oferecendo o suporte que for considerado necessário, tendo já sido comunicadas medidas de mitigação”.

Recorde-se que o CERT.PT coordena a resposta a incidentes envolvendo entidades da Administração Pública, operadores de infraestruturas críticas, operadores de serviços essenciais e prestadores de serviços digitais além de todo o ciberespaço nacional, incluindo qualquer dispositivo pertencente a uma rede ou bloco de endereçamento atribuído a um operador de comunicações eletrónicas, instituição, pessoa coletiva ou singular com sede em território nacional, ou que esteja fisicamente localizado em território português.

O CNCS pede ainda que “sejam prontamente reportadas a este serviço através do ‘email’ cert@cert.pt e do número (+351) 210 497 399 eventuais situações relacionadas com este incidente”, cuja falha informática está a fazer-se sentir nesta sexta-feira, 19 de julho, à escala mundial, causando constrangimentos nas últimas horas nos trabalhos desenvolvidos por empresas de diversos sectores e na rotina dos viajantes que enfrentam atrasos nos aeroportos.

Em causa está uma falha do fornecedor Crowdstrike. “Estamos conscientes de um problema que afeta os dispositivos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software de terceiros”, informou esta sexta-feira a tecnológica norte-americana, dando conta de que e a falha informática causada por um dos fornecedores da sua tecnologia, esteja quase a ser resolvida.

“Estamos conscientes de um problema que afeta os dispositivos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software de terceiros. Prevemos que uma resolução esteja próxima”, referiu fonte oficial da Microsoft, num esclarecimento enviado aos meios de comunicação social.

De acordo com informação difundida por vários meios de comunicação internacional, há vários serviços a serem afetados, nomeadamente os próprios media, sector bancário e companhias aéreas. Países como Estados Unidos, Espanha e Austrália já reportaram estar a sentir dificuldades. Por exemplo, a britânica “Sky News” e a norte-americana “ABC” e “Sky News Australia” estão entre as visadas.

Em Portugal, as operadoras de telecomunicações MEO, NOS e Vodafone estão a apresentar algumas falhas, conforme comunicado ao Down Detector.

A ANA Aeroportos, responsável pela concessão dos aeroportos nacionais, dá conta que algumas companhias aéreas não estão a conseguir realizar o check-in de forma digital. Esta situação pode atrasar a partida de alguns voos, ou mesmo levar ao cancelamento.

Ainda assim, e apesar de tudo estar em funcionamento no Aeroporto Humberto Delgado, a ANA admite que podem existir alguns constrangimentos nos aeroportos portugueses.

No sector bancário nacional, o Santander estará a reportar algumas falhas. Para já, e apesar do Down Detector evidenciar falhas na Caixa Geral de Depósitos, o banco público indicar estar tudo a funcionar corretamente.

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