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CEO da Altice Portugal garante aos sindicatos estabilidade da empresa, apesar do terramoto mediático

A reunião com todas as Estruturas de Representação Coletiva dos Trabalhadores (ERCT) foi convocada pela Comissão Executiva da Altice Portugal onde esteve presente a CEO Ana Figueiredo. “A reunião teve por objectivo dar os esclarecimentos sobre os graves acontecimentos que vieram a público e que põem em causa a imagem da empresa e tranquilidade interna”, revela o STPT.
18 Julho 2023, 14h15

A CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo, confirmou aos sindicatos em reunião esta segunda-feira, entre outras coisas, o pedido de suspensão de Alexandre Fonseca, mas fez questão de afirmar que a Altice Portugal em todo este processo é vítima e não co-autora pelo que a empresa deve prosseguir com os seus objectivos estratégicos focados no cliente e no desenvolvimento da empresa como líder de mercado, refere em comunicado o STPT – Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em POrtugal que se reuniu onrem com a responsável da dona da MEO ao final da tarde.

A suspensão do Chairman aconteceu no seguimento das investigações judiciais que envolvem o fundador da Altice, Armando Pereira, e que põem Alexandre Fonseca também no caso. Alexandre Fonseca era o presidente executivo da Altice Portugal na altura em que vários dos negócios sob suspeita aconteceram, nomeadamente alguns ligados à  venda de imobiliário.

A reunião com todas as Estruturas de Representação Coletiva dos Trabalhadores (ERCT) foi convocada pela Comissão Executiva da Altice Portugal onde esteve presente a CEO Ana Figueiredo. “A reunião teve por objectivo dar os esclarecimentos sobre os graves acontecimentos que vieram a público e que põem em causa a imagem da empresa e tranquilidade interna”, revela o STPT.

Ana Figueiredo disse às estruturas sindicais que estará totalmente envolvida e colaborará na investigação das autoridades judiciais bem como no desenvolvimento da investigação interna, que será levada a cabo por uma empresa externa e independente.

“Relevante é o compromisso da CEO em nome da Comissão Executiva (Comex), ou seja, a garantia de manter a estabilidade socio laboral e do respeito pelos direitos contratuais e legais dos trabalhadores do activo e dos pré-reformados e em suspensão do contrato de trabalho”, refere o SPTP em comunicado.

Adiantou também a CEO que a Comissão Executiva dará toda a informação sobre o desenrolar das investigações aos sindicatos, ainda que respeitando o segredo da justiça.

“O STPT lamenta a situação incómoda que afrontam as empresas da Altice em Portugal, porque considera que os trabalhadores não merecem passar por esta agitação e situação desgastante para a qual não contribuíram, antes pelo contrário, têm sido sujeitos a vários constrangimentos ao longo dos anos de gestão da Altice”, lamenta o sindicato que estranha “o silêncio absoluto da classe política e do governo sobre esta situação”.

Recorde-se que há quatro pessoas, no âmbito de uma investigação judicial, detidas, à espera de interrogatório. É o caso do fundador da Altice, Armando Pereira, mas também do empresário bracarense Hernâni Vaz Antunes e da sua filha Jessica Antunes, além de um dos administradores de várias empresas que ligam estes empresários, Álvaro Gil Loureiro.

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