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CEO da Endesa diz que “energia é uma das prioridades críticas”

A Endesa celebrou hoje a sua Assembleia Geral de Acionistas na sua sede em Madrid, apenas um dia depois do apagão que afetou a Península Ibérica. Neste contexto, o CEO da Endesa, José Bogas, definiu a energia como uma das prioridades críticas para Espanha e para o conjunto da Europa.
29 Abril 2025, 18h18

A Endesa realizou hoje a sua Assembleia Geral de Acionistas na sua sede social em Madrid, com um quórum do 85,63% do capital social presente. Uma reunião celebrada apenas um dia depois do apagão que afetou a Península Ibérica. Neste contexto, o CEO, José Bogas, definiu a energia como uma das prioridades críticas para Espanha e para o conjunto da Europa. “Contextos como o de ontem, põem em evidência a importância da garantia do fornecimento elétrico. Somos sociedades modernas porque estamos eletrificados e, por esta mesma razão, garantir a segurança do fornecimento e a competitividade do nosso sistema elétrico é fundamental”.

O CEO analisou os resultados financeiros da empresa em 2024, em todas as áreas de negócio, que sustentam a revisão em alta do dividendo a ser pago este ano para 1,32 euros por ação, 10% acima do objetivo anteriormente estabelecido e 32% acima do último dividendo pago em 2023.

O presidente da empresa de energia espanhola recordou o plano de investimento de 9,6 mil milhões de euros apresentado em novembro passado para o período 2025-2027, o maior volume desde que a Endesa começou a operar no perímetro de Espanha e Portugal, em 2014.

“O investimento em redes, desde que as melhorias regulamentares necessárias estejam em vigor, ascenderá a 4 mil milhões de euros, 45% mais do que no plano anterior”, anunciou o CEO.

José Bogas resumiu as operações realizadas durante 2024 de um ponto de vista estratégico. “No ano passado, concluímos uma operação muito importante para incorporar parceiros no desenvolvimento de certos projetos renováveis. A venda de 49,99% da empresa que agrupa as centrais fotovoltaicas da Endesa e a compra de 34 centrais hidroelétricas, o que melhora o nosso mix de produção”, disse.

Relativamente ao debate sobre o plano de encerramento faseado das centrais nucleares espanholas, Bogas reiterou que “no atual contexto de incerteza energética e geopolítica, pode não ser prudente renunciar a uma tecnologia não emissora, segura e competitiva”.

O CEO sublinhou ainda a necessidade de atualizar e melhorar a regulação e a taxa de remuneração dos ativos regulados, tanto da rede de distribuição como da atividade de produção em sistemas não peninsulares, especialmente nas Ilhas Canárias. “No domínio das redes de distribuição, é essencial desenvolver um quadro regulamentar e adaptar o modelo de remuneração. Se não reforçarmos a rede para prestar serviço aos novos projetos industriais, perderemos uma oportunidade de industrialização muito importante”.

O presidente da Endesa falou também do programa de recompra de ações, até 2 mil milhões de euros, aprovado no mês passado pelo Conselho de Administração, com o objetivo de otimizar a estrutura de capital da empresa, acrescentando alternativas para uma utilização eficiente do capital e tornando a remuneração dos acionistas mais atrativa. Além disso, salientou que o programa apoia a estabilidade das ações numa altura em que as condições de mercado são voláteis.

Já o Presidente não-executivo da Endesa, Juan Sánchez-Calero, analisou a situação internacional e o seu impacto no sector a nível europeu e nacional, e sublinhou que “o valor e a importância das empresas medem-se sobretudo pela sua capacidade de enfrentar as dificuldades e contribuir para o progresso das comunidades em que operam. O nosso desempenho durante o exercício de 2024 e os resultados registados são uma primeira expressão do nosso papel como fator de estabilidade e desenvolvimento”.

 

 

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