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CEO dos CTT: “Se os Correos de Espanha vierem é mais um concorrente”

Perante a intenção da maior empresa de serviço postal espanhola querer começar a operar em Portugal, o presidente executivo dos CTT, Francisco Lacerda, está tranquilo em manter a quota de mercado de 30% dos CTT, em Portugal.
  • Cristina Bernardo
21 Fevereiro 2019, 07h38

O presidente executivo dos CTT – Correios de Portugal, Francisco Lacerda, revelou não estar preocupado com a concorrência, no decurso da conferência de imprensa da apresentação dos resultados anuais de 2018, na quarta-feira. Questionado sobre a possibilidade de o Correos, operadora postal espanhola, começar a operar no mercado português ainda este ano, o CEO dos CTT afirmou tranquilamente: “Se os Correos espanhóis vierem é mais um concorrente”.

De acordo com Lacerda, a atividade deste hipotético concorrente basearia-se na distribuição de encomendas e não no serviço postal e, por isso, o dirigente máximo dos CTT afirmou que a quota de mercado da empresa, que é de 30%, não está em risco.”Temos empresas maiores do que o Correio Espanha a distribuir em Portugal”, acrescentou sem nomear outros operadores de distribuição.

No final do mês de janeiro, a Lusa noticiou que os Correos anunciaram que a entrada em Portugal da empresa que detém o serviço postal nacional de Espanha é uma das linhas estratégicas de crescimento para 2019 – a par de uma entrada no sudoeste asiático -, de forma a aumentar as suas receitas e conseguir ser rentável.

“A estratégia e a vontade da empresa é criar rapidamente uma rede eficiente de distribuição de encomendas em toda a Península Ibérica”, afirmou à agência noticiosa fonte oficial dos Correos.

Apesar de ter fechado o ano de 2018 com  um prejuízo de 150 milhões de euros, e ainda que a previsão para 2019 é que as perdas baixem para cerca de sete milhões de euros, os Correos têm o objetivo de alcançar a rentabilidade da empresa nos próximos exercícios. E para isso a intenção de criar um serviço a nível ibérico, ainda este ano, “com a rede mais eficiente de encomendas”. No fundo a operação deste operador em Portugal assentaria no transporte e entrega de encomendas em menos de 24 horas para toda a Península Ibérica.

 

 

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