O impacto económico da pandemia de Covid-19 aliada à queda do preço dos hidrocarbonetos fez com que a Cepsa registasse perdas de 810 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um número bastante superior quando comparado ao período homólogo de 2019, onde registou ganhos de 380 milhões de euros, segundo o “El Economista”.
Até setembro, o lucro operacional bruto ajustado (EBITDA) foi de 910 milhões de euros, 41% abaixo do mesmo período do ano anterior. Mas comparando o terceiro trimestre com o segundo, a Cepsa registou um aumento de 54%, para os 227 milhões, com um lucro ajustado de 39 milhões, esboçando uma recuperação antes do início do próximo ano.
A situação já obrigou a empresa a rever a sua contabilidade para os 795 milhões de euros antes do final do ano, com uma deterioração dos ativos de exploração e produção de 331 milhões de euros e uma diminuição do valor do inventário para os 464 milhões de euros.
Philippe Boisseau, CEO da Cepsa, indicou que “apesar do difícil contexto atual, conseguimos superar a crise e demonstrámos os benefícios que o nosso modelo de negócio integrado e a nossa presença geográfica privilegiada trazem, com acesso aos três principais mercados da Europa, a África Ocidental e ao Mediterrâneo, bem como a nossa posição de liderança global na indústria química”.
Grande parte da melhoria da situação financeira da empresa deve-se à aplicação do plano de contingência de 500 milhões de euros lançado em abril. Até setembro, a Cepsa conseguiu economizar 390 milhões de euros, reduzindo 100 milhões em custos e 290 milhões de euros em investimentos de capital. O plano de contingência gerou uma caixa de 645 milhões de euros, o suficiente para manter o nível de endividamento em 2,8 mil milhões de euros.
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