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CFP afasta cenário de recuperação económica rápida

Em entrevista à ‘Antena 1’ e ‘Jornal de Negócios’, Nazaré da Costa Cabral voltou ainda a falar sobre o Orçamento Suplementar:“Há aqui uma perspetiva de subestimação da queda do produto e de certas das suas componentes que podem comprometer a cobrança de receita fiscal”.
  • Presidente do Conselho de Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral
5 Julho 2020, 09h41

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) afastou este sábado o cenário de uma recuperação económica rápida devido ao contexto de incerteza causado pela pandemia. Para Nazaré da Costa Cabral serão necessários “mais anos” para que isso aconteça, quer do ponto de vista orçamental quer económico.

“Ao contrário daquilo que se esperava no início, em que havia a esperança de que a recuperação económica rápida e que, portanto, estaríamos aqui perante uma queda profunda, mas que depois, rapidamente, recuperaríamos, creio que hoje parece que não é bem assim”, afirmou, em entrevista à “Antena 1” e “Jornal de Negócios”.

A responsável do CFP considera que é necessário manter um circuito virtuoso de recuperação económica rápida, associada a baixos custos de financiamento, para consegui controlar a divida pública.

“Não quero ser excessivamente pessimista. Temos desafios muito complexos, que temos de saber gerir. Há uma mensagem que têm de ser passada, desde logo de transparência e previsibilidade”, disse, frisando que a chave está numa “gestão prudente”.

Em declarações à rádio e ao jornal de economia, Nazaré da Costa Cabral voltou ainda a falar sobre o Orçamento Suplementar. “Há aqui uma perspetiva de subestimação da queda do produto e de certas das suas componentes que podem comprometer a cobrança de receita fiscal”, referiu. O CFP alerta que se a cobrança fiscal ficar comprometida ou for preciso aumentar mais a despesa poderá vir a ser necessário um novo orçamento retificativo.

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