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CFP avisa que Portugal não se preparou para crises em fases de crescimento

A sustentabilidade da dívida está “ao alcance”, se governos o quiserem, diz Conselho das Finanças Públicas. Estima que rácio caia até 91,1% do PIB até 2035.
4 Dezembro 2021, 14h00

A política orçamental não se tem revelado “suficientemente contracíclica” durante a fase de crescimento, não permitindo a Portugal criar espaço orçamental para preparar o país para enfrentar crises. O retrato é do Conselho das Finanças Públicas (CFP), que ainda assim acredita que a sustentabilidade da dívida é possível, mas apenas se os futuros governos tiverem essa ameaça em foco.

“A manutenção da sustentabilidade da dívida está perfeitamente ao alcance do país, assim a política orçamental seja conduzida tendo em conta essa restrição”, diz o relatório “Riscos orçamentais e sustentabilidade das Finanças Públicas”, publicado esta quinta-feira.

A instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral defende que em Portugal, “a política orçamental não se tem revelado suficientemente contra cíclica na fase favorável (de crescimento) do ciclo económico para construir um espaço orçamental suficientemente alargado que prepare o país para as consequências económicas e orçamentais de um choque desfavorável”.

O CFP acredita que o rácio da dívida pública retome a rota descendente ao longo dos próximos 15 anos, atingindo 91,1% do PIB em 2035.

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