“Muito do que aconteceu ontem é uma tentativa do primeiro-ministro de gerir assuntos graves com ligeireza”, acusou João Almeida, deputado e porta-voz do CDS-PP, referindo-se à demissão de António Domingues e restante administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O porta-voz defende que a questão da CGD “só se resolve ao nível do primeiro-ministro”, que neste momento está, de acordo com João Almeida, “em dívida para com o país”.
O deputado do CDS-PP assinala o “momento grave”, exige esclarecimentos a António Costa e responsabiliza o Executivo: “A CGD perdeu credibilidade por causa da incompetência do governo.” João Almeida defende que se assinala agora “um ano de incompetência na gestão” do banco público e questiona o porquê de a recapitalização, que o Governo anunciou como urgente, ainda não se ter concretizado.
Questionado pelos jornalistas sobre potenciais consequências que a polémica que envolve a CGD poderá ter na estrutura governativa, nomeadamente na continuidade do secretário de Estado Adjunto do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, João Almeida referiu que é ao primeiro-ministro que se devem exigir respostas: “Pedimos responsabilidade ao primeiro-ministro. É um assunto suficientemente relevante. António Costa escondeu-se e seria negativo que se escondesse atrás de qualquer secretário de Estado.”
O porta-voz do CDS-PP não nomeou qualquer substituto, mas falou no perfil que o partido considera necessário para liderar o banco público. “Competência e disponibilidade para respeitar regras básicas de transparência” são características imperativas, frisou.
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