A Caixa Geral de Depósitos tinha reportado um lucro de 282,5 milhões de euros em junho, mas agora, no relatório e contas do primeiro semestre publicado na CMVM, os lucros passaram a ser de 417,5 milhões. A diferença é explicada pelo encaixe da venda do banco em Espanha. Neste contexto, o resultado líquido consolidado atingiu no primeiro semestre os 417,5 milhões de euros (+223,4 milhões de euros que em junho de 2018, um crescimento de 115,1%).
“Já em setembro de 2019 o Banco Central Europeu (BCE) declarou a sua não oposição ao processo de alienação à Abanca Corporación Bancaria, de ações representativas de 99,79% do capital social do Banco Caixa Geral. Esta declaração conclui o processo de aprovação, por parte das autoridades competentes, da venda daquela subsidiária. De acordo com o contratado, o processo de alienação deverá estar concluído durante o mês de outubro de 2019”, lê-se no relatório.
“As contas referentes ao período findo a 30 de junho de 2019 foram alteradas face à sua divulgação inicial para acomodar os efeitos desta decisão”, explica o banco.
O impacto na valorização desta participação com referência a 30 de junho de 2019 foi positivo em 135 milhões de euros no resultado líquido consolidado do período e nos capitais próprios consolidados da CGD, “decorrente do ajustamento, ao valor da venda, das imparidades registadas nas contas da CGD no final de 2017”, refere o banco liderado por Paulo Macedo.
Neste cenário, o rácio CET1 passa de 14,8% para 15,1% (fully loaded, incluindo o resultado líquido do primeiro semestre).
Ao nível das contas separadas, o impacto da mesma operação foi positivo em 157 milhões de euros no resultado líquido do período.
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