[weglot_switcher]

CGTP exige que lucros dos bancos sejam “usados para aliviar o peso insuportável” do crédito à habitação

Os lucros das instituições financeiras subiram numa altura em que muitas famílias “vivem com o peso das prestações ao banco que aumentaram brutalmente, com o custo em manter uma conta aberta a subir”, afirma a CGTP.
1 Agosto 2024, 22h08

Os cinco maiores bancos (CGD, BCP, BPI, Santander e Novo Banco) apresentaram os resultados semestrais, tendo, em conjunto, obtido um lucro de 2,6 mil milhões de euros. Perante estes resultados a CGTP exige que estes sejam “usados para aliviar o peso insuportável que os trabalhadores e suas famílias estão sujeitos nos créditos à habitação” e que o Governo coloque “os grandes grupos económicos a pagar aquilo que devem”.

Os lucros das instituições financeiras subiram numa altura em que muitas famílias “vivem com o peso das prestações ao banco que aumentaram brutalmente, com o custo em manter uma conta aberta a subir”, afirma a CGTP.

“Por dia, são mais de 14,7 milhões de euros que estas instituições tiveram de resultado líquido, ou seja, já depois de deduzidos todos os encargos, incluindo impostos. Comparando os lucros líquidos por dia, os resultados de 2024 representam um aumento de 18,9% em relação ao ano de 2023”, revela a confederação de sindicatos.

A CGTP refere que os lucros das instituições financeiras refletem as dificuldades que os trabalhadores e micro, pequenas e médias empresas sentem, com milhares de famílias a serem confrontadas com um aumento nos encargos na compra de habitação, sem os salários acompanharem.

Na ótica do sindicato as propostas do Governo de Luís Montenegro para a redução do IRC apenas vão beneficiar as grandes empresas, “aquilo que a opção do Governo da AD garante, são mais lucros e maiores dividendos, acentuando o crescimento das desigualdades que é económica e socialmente insustentável”.

A confederação salienta que é fundamental para o país que “seja recuperada a soberania ao nível da política monetária, libertando-se assim das medidas impostas pelo BCE, que garantem lucros a uns poucos, mas impõe dificuldades à grande maioria da população e condicionam o potencial de desenvolvimento de Portugal”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.