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‘Champions’ em Lisboa. Atlético de Madrid: marca de 804 milhões com um português como o mais caro de sempre

O “Atleti”, como também é conhecido o clube de Madrid, surpreendeu tudo e todos quando eliminou o campeão em título da Liga dos Campeões, Liverpool FC. Clube vale 804 milhões de euros e posiciona-se como um dos mais fortes candidatos ao título europeu.
  • João Felix (Atlético Madrid)
7 Agosto 2020, 18h20

O clube da capital espanhola há muito que procura o derradeiro título europeu, a Liga dos Campeões. Munido de alguns dos melhores jogadores do mundo, a marca ‘Ché’ vale hoje largos milhões de euros, à boleia das campanhas bem-sucedidas, ainda que sem títulos nos últimos anos, e do seu plantel com muita qualidade onde figura o jogador internacional português mais caro de sempre, João Félix.

O “Atleti”, como também é conhecido o clube de Madrid, surpreendeu tudo e todos quando eliminou o campeão em título da Liga dos Campeões, Liverpool FC. Posiciona-se agora como um dos mais fortes candidatos ao título europeu, mas como se sabe, nestas competições tudo pode acontecer e para concretizar o sonho, o Atlético de Madrid terá superar mais três dos melhores clubes europeus da atualidade.

Clube vale 804 milhões de euros

A temporada de 2019/20 viu o Atlético de Madrid mudar-se do velhinho Vincente Calderón, estádio mítico do clube madrileno que, durante 51 anos, foi a casa do clube ‘Ché’, para o novo Wanda Metroplitano. A construção do estádio custou 240 milhões de euros aos cofres do clube, valor esse que seria mitigado com a venda do nome do estádio ao grupo chinês Wanda que, segundo a “Marca”, pagou 100 milhões de euros, a que se juntam 45 milhões por também terem adquirido 20% do Atlético de Madrid.

De acordo com as fontes oficiais do clube, consultadas pelo portal “SportsPro” as receitas para a temporada 2019/20 estavam previstas atingir os 515 milhões de euros, quantia que não contempla o período de pandemia que viu os adeptos serem interditados nos estádios levando à quebra de rendimentos não só dos madrilenos, mas de todo o “mundo futebolístico”.

Ao todo, o Atlético de Madrid vale hoje 804 milhões de euros, segundo os dados da Forbes recolhidos em maio de 2019, sendo natural que a pandemia de Covid-19 venha a ter algum impacto na desvalorização da marca.

Nike e Plus500 entre os patrocinadores

Em 2017, o Atlético de Madrid assinou um acordo válido por três temporadas, para o patrocínio das suas camisolas, com a empresa de trading online ‘Plus500’, no valor de 45 milhões de euros.

A Nike é outro dos patrocinadores oficiais do clube madrileno, uma parceria que já dura há 19 anos e que, ao que tudo indica, irá continuar até 2026. Apesar da histórica ligação entre a marca americana de artigos desportivos e o Atlético de Madrid, o valor dos negócios entre ambos nunca foi revelado.

Segundo o portal “Sportekz”, o acordo para os direitos televisivos do Atlético de Madrid é, sem surpresa, o terceiro maior da La Liga, avaliado em 115 milhões de euros anuais, apenas atrás do Real Madrid (154 milhões de euros) e FC Barcelona (158 milhões de euros).

Félix é a contratação mais cara de sempre

A contratação do jovem internacional português, João Félix, por 126 milhões de euros bateu vários recordes. Foi a transferência mais alta de sempre do clube, a terceira mais cara da história do futebol, e a maior quantia alguma vez paga por um jogador de nacionalidade portuguesa.

Por outro lado, na mesma temporada 2019/20, o Atlético de Madrid também bateu outro recorde, desta feita em sentido contrário, ao vender o francês Antoine Griezmann por 120 milhões de euros ao FC Barcelona. A esta transferência histórica, juntam-se as vendas de Theo Hernández por 80 milhões de euros ao FC Bayern, Rodri ao Manchester City por 70 milhões de euros, e o internacional português Gelson Martins (ex-Sporting CP) ao AS Mónaco por 30 milhões de euros.

Destacam-se também as contratações, a custo zero, dos ex-portistas Felipe e Hector Herrera, sendo que o defesa central brasileiro tem merecido rasgados elogios pelas exibições consistentes, fazendo esquecer o capitão que partiu para o Inter de Milão, Diego Gódin.

Ao todo, o clube gastou 223 milhões de euros para contratar nove jogadores, e recebeu 313 milhões de euros com a saída de 13 jogadores do plantel, dos quais cinco por transferência livre, segundo os dados do “TransferMarkt”.

Jogadores talismã para Simeone

Com algumas caras novas, são os jogadores experientes que mais se têm destacado no plantel do Atlético de Madrid, Koke, Saúl Ñíguez, Angel Correa, Thomas Partey e o ex-Benfica Jan Oblak têm sido os instrumentos a quem o técnico argentino, Diego Simeone, tem confiado o espírito da equipa.

Ainda assim, com as suas exibições de calibre europeu, o brasileiro ex-Porto Felipe, parece já ter conquistado adeptos e treinador, sendo um dos titulares indiscutíveis. O prodígio português, João Félix, não tem tido a época que desejava, fustigado por lesões, tem feito o possível por se habituar ao futebol espanhol, mas ainda mais importante, ao estilo de jogo de Diego Simeone. Tendo em conta a sua qualidade, é um jogador a manter debaixo de olho devido à sua qualidade técnica e mental que poderá fazer a diferença de um momento para outro.

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